Camaçari
Sindicato dos Metalúrgicos esclarece sobre reivindicações de ex-funcionários da Ford
Segundo Júlio Bonfim, o sindicato busca indenização complementar em favor dos metalúrgicos das empresas-satélite.
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Daniela OliveiraO presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, emitiu uma nota nesta sexta-feira (14) sobre as reivindicações de alguns ex-funcionários de empresas parceiras da Ford durante um protesto realizado na BA-535 (Via Parafuso).
Confira a nota na íntegra:
Tendo em vista a manifestação organizada nesta sexta-feira (14), por parte de ex-funcionários de empresas de autopeças de Camaçari, o Sindicato dos Metalúrgicos esclarece que após o fechamento do Complexo Ford, há um ano, empresas satélites instaladas na região que forneciam peças para a montadora americana também fecharam as portas, mas sem negociar um acordo de indenização. O Sindicato dos Metalúrgicos, desde o primeiro momento, buscou, insistentemente, contemplar esses trabalhadores no bojo da negociação coletiva junto a empresa Ford, o que se tornou impossível por absoluta intransigência da empresa em relação a este ponto da negociação.
De forma contemporânea, o Sindicato buscou negociar diretamente com as empresas de autopeças, as quais não se disponibilizaram a uma negociação de verbas indenizatórias para os trabalhadores. Sendo assim, o Sindicato, em 08/03/2021, se viu obrigado a acionar a Justiça para, liminarmente, pedir a reintegração dos trabalhadores enquanto as empresas não se dispusessem a negociar com o Sindicato e cobrar dessas empresas o pagamento das indenizações, se mantendo vigilante para que haja uma decisão favorável aos interesses desses trabalhadores. Este mesmo Sindicato, também de forma contemporânea aos fatos acima citados, provocou o Ministério Público do Trabalho que acompanha de perto o desenrolar dos fatos, tendo inclusive ajuizado duas ações sobre a ausência de negociação coletiva, que também se encontra em tramitação. Informações repassadas aos trabalhadores em reuniões junto a eles.
O Sindicato sabe da dificuldade enfrentada por esses operários e se solidariza diante da grave situação de desemprego criada pela Ford e suas empresas parceiras. Ao mesmo tempo, não é possível ignorar o esforço empreendido pelo Sindicato em busca de uma negociação justa para esses trabalhadores, além disso a entidade vem se empenhando, através do oferecimento de cursos de qualificação, para que esses trabalhadores retornem o quanto antes ao mercado de trabalho. Importante destacar também que o Sindicato tem trabalhado incansavelmente para buscar empresas interessadas em ocupar o parque industrial deixado pela Ford, gerando emprego e renda novamente à Camaçari e toda Região Metropolitana de Salvador. Para isso, mantém uma agenda de reuniões com empresários, políticos e diversas autoridades.
Quem quiser consultar ou acompanhar o processo movido pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari contra as empresas do setor de autopeças fora do complexo Ford pode fazê-lo através do número 0000148-02.2021.5.05.0134.
Com total de aproximadamente 900 trabalhadores, as empresas que não aceitaram negociar foram Sian, Magna Cosma, Magna Seating, Teneeco. A Sodecia (planta 2) foi a única das cinco empresas-satélite que forneciam peças para a Ford em Camaçari que sentou para negociar e já teve as indenizações pagas.
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