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Sindicato dos Metalúrgicos e Ford Camaçari fecham acordo; demissão em massa é suspensa
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Mirelle LimaEm assembleia extraordinária realizada na manhã desta quinta-feira (14) pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, foi aprovado o acordo entre os trabalhadores e a direção da Ford Camaçari. Sendo assim, a greve que estava prevista para ocorrer a qualquer momento foi cancelada e as demissões em massa dos 700 funcionários foram suspensas. O acordo é válido por um ano.
Segundo o Sindicato, foi apresentada à direção da Ford a proposta aprovada pelos trabalhadores. A pauta foi aceita pela gerência, e pontua o seguinte:
- Estabilidade coletiva de emprego durante um ano referente à demissão em massa. A empresa não poderá demitir em massa por 12 meses;
- Salário até R$ 7.515 reajustado 100% do INPC;
- Salário acima de R$ 7.515 reajustado em 50% do INPC;
- PLR de R$ 19.640 com primeira parcela em Maio;
- Sem abono;
- Sem PLR para jovem aprendiz;
- Nova tabela salarial nas mesmas condições atuais;
- Jornada de trabalho de 40h de segunda a sexta, sem sábado;
- Não tirar ticket alimentação. Porém reajustar nas mesmas condições do salário;
- Adicional noturno. O mesmo na época do Lay Off 37.14%;
- Banco de horas administrativo PD;
- Sem uniforme para administrativo;
- Steps nas mesmas condições atuais;
- Sem panetone;
- Manter cartão de Natal;
- Aumento do transporte e alimentação para 1,5%;
- Plano se saúde nas mesmas condições atuais;
- Oferta de transporte nas mesmas condições atuais;
- Desejum e lanche nas mesmas condições atuais;
- Autopeças: PLR, Database e benefícios nas mesmas condições atuais;
- Prêmio de férias nas mesmas condições.
De acordo com o presidente do sindicato, Julio Bonfim, a estabilidade dos funcionários é o ponto mais significativo do acordo. “O mais importante de tudo é a estabilidade de emprego por um ano, isso é essencial pra gente. E olhe que a Ford não fechou por dois anos, mas sim por um. Por isso digo que vencemos a batalha mas não a guerra, ainda temos muito a lutar”, ressalta o sindicalista.
A Ford havia anunciado no dia 9 de fevereiro a demissão em massa, alegando uma readequação no processo de montagem dos veículos que exigiria um número menor de funcionários. Outra questão seria a projeção de lucros e perdas da companhia na América do Sul, que provocaria impacto de até US$ 700 milhões, mais de R$ 2 bilhões, este ano. Com a medida, 450 trabalhadores diretos e 250 terceirizados seriam demitidos.
O Destaque1 entrou em contato com a Ford Camaçari mas até o momento do fechamento desta matéria não obteve retorno.
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