Opinião
Sim, elas podem!, por Laiana França
O crescimento das mulheres brasileiras em cargos de liderança revela a eficiência do trabalho feminino.
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Laiana FrançaNos últimos anos, as grandes organizações estão descobrindo uma realidade já estampada para toda a sociedade: a eficiência do trabalho feminino. As mulheres ocupam atualmente 39% dos cargos de liderança nas empresas inseridas no mercado brasileiro. Mesmo diante do cenário de crise causado pela pandemia do Covid-19, as brasileiras conquistaram 5% dos cargos de liderança executiva (2021, BUSINESS GRANT THORNTON).
O mercado, ao longo da história, foi tradicionalmente pré-estabelecido pela figura masculina, enquanto as mulheres tiveram como função obrigatória a posição de base, auxiliadora, no crescimento profissional dos homens, ocupando cargos secundários. Os dados atuais revelam os resultados dos primeiros passos percorridos para a superação desse padrão comportamental social.
A escassez de mulheres em altos cargos corporativos expressa a desigualdade social, retarda o desenvolvimento do país, além de gerar impactos negativos para a economia. Com o aumento de lideranças femininas, a posição de “base” se torna, a cada dia, um passado em superação, contribuindo para a igualdade de gênero e fortificando o protagonismo das mulheres em suas histórias.
O trabalho feminino é sinônimo de eficácia, segundo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU. Empresas com líderes femininas possuem resultados em até 20% melhores (2019, JULHO). Marcadas pela empatia, harmonia, resiliência e determinação, as organizações chefiadas por elas apresentam maior rentabilidade e satisfação em gestão.
O crescimento está acontecendo e já são visíveis algumas conquistas. Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido, novos espaços e cargos precisam ser ocupados pelo feminino. Direitos precisam ser garantidos, novos parâmetros estabelecidos e dogmas superados para que o mercado brasileiro se torne um cenário igualitário e favorável para a mão de obra feminina.
Laiana França é mercadóloga, pós-graduanda em Gestão Empresarial e estudante de Direito, além de feminista e militante dos direitos humanos.
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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