Camaçari
Sessão da Câmara é encerrada após manifestação de professores
“Nós estamos aqui defendendo a educação deste município”, explicou a presidente do Sispec, Sara Santiago.
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Mirelle LimaA sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (20) foi suspensa por conta de uma manifestação do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec). Ao som de panelaços e buzinas, um grupo de manifestantes entrou no plenário com palavras de ordem como “respeita o professor” e “fora Neurilene”.
Assista:
A categoria solicitou o uso da tribuna para se pronunciar, mas o vice-presidente da Casa, vereador Niltinho (PSDB), que estava presidindo a sessão, negou e sugeriu uma reunião entre os vereadores e os professores. Os manifestantes não aceitaram a proposta e seguiram com a manifestação, até que Niltinho declarou o encerramento da sessão.
Em entrevista ao Destaque1, a presidente do Sispec, Sara Santiago, pontuou as principais reivindicações da categoria.
“Os professores saíram hoje em assembleia em direção à Câmara dos Vereadores para que esses vereadores desta Casa escutem as nossas demandas. Nós estamos há sete anos reivindicando valorização profissional, estamos em escolas sucateadas, sem condições de trabalho, terríveis, péssimas. Nós estamos aqui defendendo a educação deste município”, explicou.
Ela ainda destacou a importância de levar o debate sobre as condições de trabalho dos professores para a Câmara.
“E por que isso na Câmara dos Vereadores? Porque a partir deles, a partir dessa Casa, projetos de lei podem sair, inclusive projetos de lei para o nosso reajuste linear, e o prefeito Elinaldo está há sete anos sem conceder à gente. Para essa categoria, a categoria que leva a educação nesse mundo com toda a atenção, com todo o carinho para nossos alunos, precisa ser valorizada e precisa ser respeitada. Então, nós queremos apenas ser ouvidos pelos vereadores e vereadoras desta Casa, só isso. Estamos aqui reivindicando um direito legítimo, que é o direito nessa causa que é a Casa do Povo, para sermos ouvidos e para trazer propostas reais de atender às nossas demandas”, destacou.
O vereador Niltinho declarou que a suspensão da sessão ocorreu por conta do regimento interno da Câmara. “A Câmara de Vereadores, eu costumo falar que é a Casa do Povo e aceita todas as manifestações, mas aqui nós temos um regimento interno. Hoje essa decisão de suspender a sessão não foi nada pessoal contra professores e contra ninguém, nós usamos do regimento da Casa, nós só podemos abrir o microfone para as pessoas nas audiências públicas e sessões especiais. Nós tentamos fazer um bate-papo direto com os professores, mas eles não aceitaram, e da forma que ocorreu tivemos que encerrar a sessão”, justificou.
Após o encerramento da sessão e o presidente da casa, vereador Flávio Matos (União), que estava ausente, retornar para a Câmara, uma comissão dos manifestantes e vereadores se reuniram e acordaram que os professores se pronunciariam no plenário.
Flávio ressaltou que a Câmara intermediará uma conversa entre a categoria e o prefeito Elinaldo. “É uma prerrogativa do vereador ouvir a população, estamos aqui para acabar com qualquer dúvida. Todos os vereadores concordam comigo que ninguém vai votar contra, estamos aqui para ajudar, vamos intermediar uma conversa com o prefeito Elinaldo, mas reafirmo o compromisso da Casa do Povo com todas as categorias”, afirmou.
O vereador Tagner Cerqueira (PT) reforçou a importância de manter o diálogo com os professores. “Essa Casa é a caixa de ressonância da comunidade. Vocês estão acertando quando vêm procurar os vereadores. Essa decisão do reajuste não passa só pela mão da secretária de Educação, passa exclusivamente pela mão, a decisão é do prefeito Elinaldo. Então temos que fazer uma reunião com os vereadores, com o prefeito e com os professores”, disse.
Sara afirmou que espera o apoio dos vereadores na busca pelo reajuste salarial. “Se a função dos vereadores é fiscalizar, eu adoraria ver os vereadores nas escolas. Por isso estamos aqui hoje, para cobrar um posicionamento da Câmara. Eu não queria fazer em uma sala, a categoria precisa estar presente, precisa ter essa conexão com esses vereadores, por isso queremos falar assim no plenário. Nós pedimos para essa Casa estar conosco neste momento, porque o prefeito Elinaldo nos atendeu na primeira mesa e depois sumiu, e hoje estamos aqui na Casa do povo, porque assim entendemos, que essa Casa é a nossa Casa”, finalizou.
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