Cultura e Entretenimento
Salvador Capital Afro começa na próxima quarta; confira programação
Painéis, talks e master classes abordam temas como empreendedorismo, turismo e produção de conteúdo.
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RedaçãoNa próxima quarta-feira (6), Salvador será palco do Festival Salvador Capital Afro (SCA), evento que promove a economia criativa e o empreendedorismo negro. Entre as principais atividades, os painéis ganham destaque, promovendo cinco momentos para diálogos que abordam temas centrais e trazem especialistas para compartilhar ideias e experiências.
Um dos mais esperados é o painel “Mulheres Negras Movem o Mundo: Protagonismos Femininos, Empreendedorismo Negro e Criatividade”, que acontecerá na abertura do evento, na manhã do dia 6, no Espaço Cultural da Barroquinha. O momento conta com convidadas internacionais, como Lylly Houngnihin (Benin), e Jiselle Steele (Reino Unido), sob a mediação de Luana Nazareth. Na tarde desse mesmo dia, o painel “Ajeum para o mercado audiovisual” tem o objetivo fomentar a expansão do pensamento de mercado desde a concepção criativa dos produtos audiovisuais. A mesa é voltada para produtores e diretores de audiovisual e será ministrada pela roteirista e diretora Taís Amordivino, pela jornalista e curadora Marcela Lisboa, e pela jornalista e roteirista Maristela Matos.
Outro momento aguardado do festival são os talks, que oferecem espaços de aprendizado e troca de experiências. Entre eles, “Turismo Cinematográfico: O audiovisual como linguagem de promoção turística”, com Deji Akinpelu, Milena Anjos (Salcine), e mediação de Tânia Neres (Embratur), que acontece no dia 8, às 10h, no Café Nilda Spencer. Outro talk que promete é o “A voz ativa pelos nossos”, com o rapper Vandal, a cantora Sued Nunes e mediação da diretora de Cultura do município, Maylla Pita, na quinta-feira (7), às 16h30.
Nessa mesma linha, o festival também vai promover master classes, com formato de aula conduzida por especialistas. Logo no primeiro dia tem o tema “Produção e Curadoria – o avesso de uma exposição”, com Amanda Carneiro (curadora do Masp), Ana Helena Curti (Arte3 Assessoria Produção e Marketing Cultural) e com mediação de Tiago Sant’ana. No mesmo dia, “Direitos Autorais e o Histórico de Desenvolvimento nas Culturas Periféricas”, destinado a artistas, gestores de carreiras de artistas, produtores, músicos, profissionais que atuam em selos e editoras.
Para a diretora de Cultura da Secretaria de Cultura e Turismos de Salvador, Maylla Pita, o Festival Salvador Capital Afro é “este lugar que conecta atores importantes da economia criativa negra da nossa cidade com possibilidades de expansão, de circulação e desenvolvimento econômico, através de uma programação estrategicamente pensada para que esta conexão aconteça. Em três dias de evento, reuniremos oficinas e consultorias ferramentais, espaços políticos, com painéis e talks inspiracionais, além de ambientes de negócios. Neste ano, lançamos um olhar estratégico e desafiador para as áreas da música, das artes visuais e do audiovisual, bem como para a intercessão desses setores com o empreendedorismo e com o Afroturismo”.
No campo dos negócios, o festival promove o Pitch Coletivo de Música, onde até 30 artistas participam de rodadas de apresentação em frente a players do mercado musical, em dois dias de atividades. O Pitch Coletivo de Artes Visuais reunirá 15 artistas negros locais, oferecendo uma plataforma para que apresentem seus projetos a galeristas e curadores de renome, como Marcelo Campos (Museu de Arte do Rio) e Luciara Ribeiro (Sertão Negro). Essas rodadas de negócios permitirão que os artistas explorem novas oportunidades de colaboração e crescimento.
As oficinas também integram a programação formativa do SCA, com foco em músicos, artistas visuais e realizadores audiovisuais. Entre elas, destaca-se a Oficina de Produção de Conteúdo para Creators Emergentes, além de uma oficina sobre Técnicas de Organização de Portfólio, conduzida pelo artista visual Mulambo. A Imersão de Música Eletrônica Afrodiaspórica para DJs e beatmakers também será uma das atividades voltadas ao público musical.
O festival oferece consultorias personalizadas para profissionais da economia criativa. As consultorias abordarão temas estratégicos, como a Consultoria para Desenvolvimento de Roteiros, que terá a participação de Elísio Lopes Jr. e Kariny Martins, e será realizada no Quarteirão das Artes, Barroquinha.
A Feira Afrobiz, organizada pelo Instituto Iris e apoiada pelo British Council, acontece na Rua do Couro, reunindo 15 barracas com empreendedores da economia criativa negra. Com uma curadoria voltada para as alunas do projeto Afroestima, a feira será uma vitrine de produtos e serviços de empreendedores negros.
Os showcases, que terão seis apresentações de artistas locais selecionados, ocorre no Pátio Yá Nassou, oferecendo uma oportunidade para que o público e profissionais do mercado conheçam novos talentos da cena musical negra.
Confira a programação completa do evento no site.
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