Ricardo Barros passa à condição de investigado na CPI da Pandemia

Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) agora integra a lista de investigados na CPI da Pandemia, no Senado. O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmou a informação.

A mudança de condição significa, na prática, que o colegiado concluiu que pode haver indícios de crimes envolvendo Ricardo Barros. A CPI apurou dados que apontam a participação do parlamentar ou de pessoas ligadas a ele em esquemas de negociação de vacina contra a Covid-19.

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Barros é um dos suspeitos de participar do esquema da vacina indiana, Covaxin, da Bharat Biontech. Em fevereiro deste ano, o governo federal fechou acordo de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses da vacina, a R$ 80,70 cada, um dos mais elevados valores quando comparado com outros imunizantes.

“Estamos agregando o nome dele aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores, comprometendo muitas vezes setores da sua própria família e fazendo com que o país perdesse oportunidade de comprar vacinas na hora certa, vacinas que salvariam vidas”, indiciou Renan Calheiros.

Ricardo Barros se manifestou pelo Twitter após a decisão do relator. “CPI interrompe o meu depoimento, anuncia que sou investigado e que não pretende mais me ouvir. Não suportam a verdade e usam táticas covardes de vazamento. Minha conduta parlamentar é exemplar. Nada encontrarão. Agora, meus advogados conduzirão o relacionamento com a CPI”, escreveu.

Ainda não há data definida para o novo depoimento do deputado.