Rachado e em evento virtual, MDB oficializa candidatura de Simone Tebet a presidente

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) realizou nesta quarta-feira (27) a convenção para oficializar a candidatura da senadora Simone Tebet à presidência da República. O evento ocorreu de forma virtual e em meio à divisão entre integrantes do partido. Na última semana, líderes do MDB de 11 estados declararam apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT).

Baleia Rossi, deputado federal e presidente do MDB. Imagem: Reprodução

O deputado federal e presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, enfatizou a importância de uma candidatura feminina para a presidência. “Eu tenho certeza que será uma caminhada vitoriosa em favor da nossa democracia, principalmente do nosso país. Essa é uma convenção que vai entrar pra história do MDB, não em discurso, mas na prática. Nós vamos mostrar, efetivamente, que lugar da mulher é onde ela quiser, e se Deus quiser a nossa Simone Tebet será a próxima presidenta do Brasil”, afirmou.

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Durante a convenção, o ex-presidente Michel Temer declarou que espera que Simone propague as ações feitas pelo MDB durante seu governo. “Nossa candidata Simone Tebet terá de dizer da história do MDB, e se me permite a imodéstia, do que fizemos em nosso governo. Precisamos ter coragem para defender as teses daquilo que fizemos no governo”.

Michel Temer, ex-presidente do Brasil. Imagem: Reprodução

“Temos que falar que nós, MDB, fizemos a reforma do ensino médio. A história da reforma trabalhista não é ingrata. Temos que ter convicções. A primeira é, vale ou não defender a pacificação do país?” , ressaltou Temer.

Simone Tebet declarou que está preparada para chegar ao segundo turno e vencer as eleições. “Em 2020 o Brasil viu o MDB continuar sendo a maior força política e democrática partidária desse país. Fizemos o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, e agora nós temos a oportunidade de sermos gigantes. Estou pronta e estamos prontos para fazer o maior número de deputados e deputadas estaduais e federais, senadores, e eleger os nossos governadores. Sim, estamos preparados, porque é isso que o Brasil exige para termos, não só uma candidata à presidência da República, mas podermos estar juntos do PSDB e do Cidadania, de outros partidos que nos acompanharem, chegarmos ao segundo turno e ganhar as eleições”, disse.

“Será o amor que estará destruindo esse ódio, será o amor que vai unificar o Brasil, será a nossa coragem e o nosso trabalho pelo Brasil que vai fazer com que o país tenha, pela primeira vez na sua história, condição de garantir igualdade de oportunidades para todos”, frisou Simone Tebet.

A candidata ainda enfatizou que o Brasil vive um momento de polarização ideológica e que o MDB será capaz de unificar o país. “Infelizmente o Brasil vive um dos momentos mais sensíveis, nossos alicerces democráticos estão abalados pela fome, pela miséria, pela desigualdade social, pelo desemprego, mas estão abalados principalmente por essa polarização ideológica, essa polarização de nós contra eles está nos levando ao abismo. Só nós temos a legitimidade e a capacidade de pacificar o Brasil, de unir o Brasil, para que o Brasil volte a ter segurança, estabilidade e possa gerar emprego e renda para a nossa população”, afirmou.

Simone Tebet tem 52 anos, é advogada, professora e senadora. Nasceu em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Em 2002, foi eleita deputada estadual pelo seu estado, e em 2004 foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, em 2008, foi reeleita prefeita. Em 2010, pediu licença do cargo e se candidatou a vice-governadora do Mato Grosso do Sul, e venceu. Ocupou a Secretaria de Governo da gestão até o início de 2014, quando se candidatou à vaga de senadora e se elegeu.

PSDB e Cidadania

Também ocorreu nesta quarta-feira (27) a convenção que formalizou o apoio do PSDB e do Cidadania à candidatura de Simone Tebet. Em maio deste ano, os dois partidos se uniram e formaram uma federação, em que são obrigadas a se manter unidas e atuar como uma única legenda.

“Nós estamos fazendo a nossa parte, de não ficar sentado assistindo ao jogo que parece jogado, quando ainda não foi consultado de forma objetiva o principal, que é o eleitor, e que só vai fazê-lo no dia da eleição”, declarou o presidente da federação, Bruno Araújo.