No domingo (13), a executiva estadual do Psol Bahia se reunirá para debater a posição da legenda no contexto de transição do Governo do Estado e iniciar conversa quanto à futura gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).
Mesmo tendo declarado apoio ao petista no segundo turno, o Psol afirma que, até o momento, não possui posição política definida quanto à composição de governo e que “qualquer especulação nesse sentido apresenta-se como precipitada, pois será deliberada através das instâncias partidárias”.
“Eu tenho defendido que qualquer posição que o partido tome precisa ser balizada por um debate programático com o novo governo. Precisamos discutir o nosso programa, apresentar ou reforçar aquilo que a gente já apresentou e discutir cada um dos pontos que para a gente são extremamente importantes, como a segurança pública, a política ambiental, o combate à fome, entre outras demandas que apresentamos. Uma série de itens que, inclusive, foram largamente discutidos durante nossa campanha, e obviamente que a gente quer colocar na mesa para ver como o governo vai lidar com cada uma dessas questões que para nós são fundamentais. Então, acho que só depois disso teremos condições de expressar uma posição sobre como vai ser a relação do Psol com o novo governo”, afirma o secretário de Comunicação do partido e ex-candidato a governador Kleber Rosa.
Kleber frisa que o partido possui uma “posição crítica” em relação ao governo de Rui Costa (PT). Entretanto, apesar de Jerônimo representar uma espécie de “reedição” do Governo do PT na Bahia, a expectativa é que, com a mudança de liderança do processo e com a nova conjuntura política no plano nacional, através da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, isso possibilite um “governo mais sensível” e mais atento às demandas populares.
“Nesse sentido, essa situação coloca para a gente uma perspectiva de sentar e discutir com o futuro governo para saber até onde é possível avançar nessas pautas”, pontua Kleber Rosa.