Uma pesquisa da University of Wisconsin Madison, localizada nos Estados Unidos, constatou que o estímulo às brincadeiras impacta diretamente no cérebro das crianças. Segundo o instituto, os pequenos que ficaram excluídos da recreação apresentaram o tamanho da amígdala e do hipocampo reduzidos, regiões do cérebro responsáveis pelas reações emocionais e memória, respectivamente.
Para o psicólogo baiano Bruno César Sousa, brincar é essencial para o desenvolvimento infantil, sobretudo entre o período de 0 a 7 anos, sendo uma ferramenta de desenvolvimento físico, cognitivo, criativo e emocional, além de auxiliar na adaptação de interações sociais com regras e consequências.
“Além de moldar a personalidade, a brincadeira auxilia na capacidade de aprendizagem e sociabilidade do ser humano. Com jogos de regras, por exemplo, é possível desenvolver interações sociais nas crianças, enquanto aprendem a respeitar regras e usar táticas saudáveis. Os jogos ainda apresentam às crianças estratégias para lidarem com sentimentos como frustração, raiva ou alegria. O desenvolvimento dessas habilidades, estímulo criativo e manejo das emoções resultará em um adulto completo para a vida pessoal”, explica.
Bruno também orienta os pais a prover um ambiente seguro e com multiplicidade de estímulos, desafiando os movimentos e sentidos do bebê nos primeiros anos. Após o período sensorial, o especialista explica que tem início a fase do faz de conta , entre 2 a 6 anos, marcada pelo imaginário infantil, quando são essenciais jogos simbólicos e dramatizações familiares.
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