Educação
Professores questionam medidas educacionais e condições de trabalho em Camaçari
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Mirelle LimaProfessores da rede municipal de ensino de Camaçari têm feito queixas ao sindicato da categoria com relação a medidas adotadas pela gestão municipal. Em entrevista ao Destaque1, a presidente do Sindicato dos Professores da rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec), Márcia Novaes, revelou pontos questionados pelos educadores e quais as melhorias que os professores cobram.
De acordo com Márcia, no início do ano, foi acordado um número de sábados letivos para regularizar o calendário de aulas. No entanto, em junho, foram acrescentados mais sábados com aulas, sem que houvesse acordo com os professores. “No início do ano, quando nos sentamos para fazer a negociação, nós negociamos um quantitativo de sábados e a categoria concordou com a quantidade de sábados letivos. No entanto, quando chegou agora no mês de junho, foram acrescentados mais sábados letivos para regularizar o calendário, não que o sindicato seja contrário em regularizar o calendário, entretanto, a gente entende, que uma quantidade grande de sábados letivos, deixa a carga horária muito extensiva pro professor, o que acarreta doenças”.
Márcia ainda argumenta que a gestão decide pautas da educação sem fazer a negociação com os professores. “Os professores estão muito revoltados com a forma em que a gestão municipal vem tratando tanto o sindicato quanto os professores do município, porque em muitos momentos eles fazem as coisas de cima pra baixo, e isso causa pânico nos professores, você pegar um sábado letivo e colocar sem fazer uma negociação direta, isso causa revolta nos professores, não é que eles sejam contrários à regularizar o calendário, mas não da pra fazer dessa forma, precisa sentar e conversar, e não é dessa forma que tá acontecendo”.
A categoria também questiona a pausa nas reformas feitas nas escolas, e a transferência de alunos para escolas que não possuem capacidade na estrutura para comportar tal quantidade de estudantes.
“Nós entregamos uma pauta pedagógica com mais de 28 itens, dentre estes itens estão as condições de trabalho, e os professores, o que eles mais pediram foi que as reformas acontecessem no período das férias, ou que acontecesse de forma que não fosse interferir na sala de aula, mas não é isso que a gente tá vendo, os professores tem reclamado de muito barulho, muita poeira, tem professor que chega à passar mal”, explica Márcia.
A presidente do Sispec destaca que a principal pauta que os professores possuem hoje é a realização de eleições diretas para gestores das escolas, que não acontecem há dois anos, contrariando, segundo a dirigente sindical, o que diz a lei municipal n° 1177/2011.
A categoria também reclama da forma de aplicação do projeto Mais e Melhor Educação, que tem como objetivo aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O Destaque1 entrou em contato com a Coordenadoria de Comunicação do Governo Municipal e perguntou qual o posicionamento da Prefeitura sobre as afirmações do Sispec. Até o fechamento da matéria o órgão não havia respondido. Caso a resposta seja enviada, a matéria será atualizada com a posição do Executivo.
*Matéria atualizada às 20h07, em 7 de agosto de 2019.
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Washington Azevedo
7 de agosto de 2019 at 22:55
Pois é, sem contar que é uma reposição feita com menos de 1/3 dos alunos! Tenho uma turma de 26 alunos e no último sábado, só havia dois alunos presentes!!! Não dá pra fazer reposição desse jeito.