Camaçari
Professores protestam para impedir derrubada do muro que separa os colégios Cidade e Mascarenhas
Os educadores alegam que não houve diálogo com os professores e alunos.
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Mirelle LimaProfessores dos Colégios Estaduais Cidade de Camaçari e José de Freitas Mascarenhas realizam na manhã deste sábado (30) uma manifestação para impedir a derrubada do muro que separa as duas instituições. Representantes do corpo docente relatam que foram pegos de surpresa com a informação de que o muro seria derrubado hoje, e ao se depararem com as máquinas no local, resolveram fazer um cordão humano.
A proposta é da Secretaria de Educação da Bahia (SEC), diante do projeto de construção de um complexo poliesportivo, com piscina semiolímpica, quadra e ginásio, que pode ficar pronto ainda este ano. No entanto, os educadores das duas escolas alegam que não houve diálogo com os professores e alunos.
“Existe uma proposta de unificação, mas essa proposta tem que ser amadurecida, tem que ser dialogada, tem que ser planejada, e não tem por que o governador dar ordem pra derrubar o muro sem fazer esse diálogo, sem fazer esse planejamento, mesmo porque nenhum equipamento está pronto. Se não tem nenhum equipamento para ser usado pelos alunos, pra quê derrubar o muro?”, destaca o coordenador Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Seção da Bahia (APLB-BA) em Camaçari, Josemiran Marques.
Os profissionais defendem a necessidade de escuta não só dos professores, mas dos alunos, pais e funcionários para a apresentação do projeto de reestruturação dos colégios, preservando as identidades pedagógicas das duas escolas.
“Da forma que está sendo feita, abrupta, sem dialogar, só vai causar problemas. Como que a gente vai controlar esse fluxo de alunos de uma escola para outra? Sabemos que há problemas de violência das duas escolas e precisamos nos planejar”, enfatizou Josemiran.
De acordo com o líder de unidade do Mascarenhas, o estudante Yuri Oliveira, a derrubada do muro prejudicará projetos já em andamento dos alunos.
“Essa derrubada veio de forma inesperada, porque não houve comunicação nem com os alunos nem com o corpo gestor, com o colegiado, ou com os professores, e a gente ficou aflito, porque temos projetos em andamento que sofrerão diversos impactos com essa derrubada repentina. A gente não é contra essa derrubada, mas queremos que seja feita em outro momento, no fim do ano letivo, para que a gente não sofra tanto impacto”, explicou Yuri.
Assista:
Diante do impasse, membros do colegiado e comunidade escolar se reuniram e decidiram pela suspensão das aulas no Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas na segunda-feira (1).
*Matéria atualizada às 12h16 em 30 de julho de 2022
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