Na tarde desta segunda-feira (23) professoras e professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb)
aprovaram, durante assembleia geral docente no Campus de Salvador, a instauração de uma nova greve por tempo indeterminado. De acordo com o que dispõe o Supremo Tribunal Federal (STF), sobre legalidade do movimento grevista, após a aprovação é necessária a comunicação prévia à administração pública em, no mínimo, 72 horas de antecedência ao início da greve, prevista para ter início na sexta-feira (27).
A Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) destaca que o ato cumprirá todos os requisitos legais e manterá mais de 30% dos serviços essenciais na universidade.
A paralisação de atividades acontece após a categoria docente considerar insuficiente a nova proposta apresentada na reunião da última quinta-feira (19). Na ocasião, após duas propostas iniciais serem levadas às direções sindicais, uma terceira foi colocada à mesa e encaminhada para análise da assembleia. No ato, foi proposto o reajuste salarial acumulado em 13,83% em dois anos, sendo 6,79% em 2025 (4,7% em jan / 2% em jul) e 6,59% em 2026 (4,5 em jan / 2% em jul).
As análises e projeções realizadas pelo Fórum das ADs, espaço que congrega as associações docentes da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, demonstraram que a nova proposta representa uma recomposição salarial (aumento acima da inflação) de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026, utilizando-se as previsões inflacionárias do Boletim Focus.
Negociação
Para a quarta-feira (25), as representações sindicais dos docentes das universidades estaduais da Bahia terão uma nova reunião na Secretaria Estadual da Educação.
Além de levar as respostas das assembleias ao governo, a expectativa é a continuidade das negociações.
A Aduneb salienta que o movimento docente continua a demonstrar interesse em negociar, qualquer suspensão da mesa será uma decisão unilateral e arbitrária do governo.