Política
Presidenciáveis criticam Bolsonaro diante de ataques às urnas eletrônicas e Justiça Eleitoral
O presidente reuniu embaixadores e levantou dúvidas sobre o sistema eleitoral, mas não apresentou provas.
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Camila São JoséPré-candidatos à Presidência da República utilizaram as redes sociais para criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos ataques às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral.
Nesta segunda-feira (18), Bolsonaro reuniu embaixadores de mais de 70 países no Palácio da Alvorada, em Brasília, e colocou em dúvida o resultado das eleições de 2018. Ele citou, novamente, suspeitas já afastadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não apresentou provas que confirmassem as suas acusações.
Para Simone Tebet (MDB), o Brasil passou “vergonha” diante do mundo com o posicionamento tomado por Bolsonaro.
O Brasil passa vergonha diante do mundo. O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro. Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas. +
— Simone Tebet (@simonetebetbr) July 18, 2022
Ciro Gomes (PDT) afirmou que o presidente cometeu “vários crimes de responsabilidade” e voltou a pedir o impeachment ao dizer que a reunião de ontem foi uma clara tentativa de estabelecer um golpe de estado.
Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral.
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 18, 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a atitude de Bolsonaro e escreveu no Twitter que é necessário reunir embaixadores para debater os interesses do país, a exemplo do combate à fome e geração de emprego.
É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo. Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia.
— Lula (@LulaOficial) July 18, 2022
“Bolsonaro precisa ser demovido do cargo e jogado na lata de lixo da história”, disparou André Janones (Avante), também pelo Twitter.
Se o presidente não sofrer nenhuma consequência por seus atos criminosos na data de hoje, ele vai ter certeza absoluta de que poderá fazer qualquer coisa. De demonizara pleito, a tentar um golpe.
— André Janones (@AndreJanonesAdv) July 18, 2022
Sofia Manzano (PCB) classificou a ação de Bolsonaro como “agenda golpista”. Já Felipe D’Avila (Novo) ironizou a postura do presidente.
A reunião de Bolsonaro com os embaixadores é mais um capítulo da agenda golpista. Hoje ele anunciou ao mundo que não aceitará uma derrota nas urnas. É preciso mobilizar trabalhadores, sindicatos, movimentos populares e a juventude para barrar qualquer tentativa de golpe!
— Sofia Manzano PCB (@SofiaManzanoPCB) July 18, 2022
Bolsonaro deve ser o único presidente na história que contestou a validade da eleição que ele mesmo venceu. E continua insistindo em desacreditar o sistema que já o elegeu 6 vezes, e seus familiares outras 13 vezes.
Ironicamente, hoje ele disse não querer instabilidade no país.
— Felipe D’Avila (@lfdavilaoficial) July 18, 2022
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