Na sua escola você aprendeu sobre Pindorama ou Pindó? Assim é chamado o Brasil pelos povos indígenas. As unidades da rede educacional PED vão receber durante os dias 14 e 29 de abril a apresentação da contação de história “Pindorama – Antes de Se Chamar Brasil”, da plataforma artística e interdisciplinar Aldeia Coletivo. As sessões irão ocorrer na PED Education – Imbuí (24), PED Education – Cajazeiras (25), PED Education – Buraquinho (28) e Colégio Anglo – Lauro de Freitas. Além das apresentações, ocorrerá uma feirinha de artesanatos indígenas.
Com o intuito de congregar com a educação formal, o espetáculo une contação de histórias, música, teatro de bonecos, poesia e diversão para tratar de temas relacionados à formação do Brasil, diversidade ética e contos/mitos/cosmovisão originária do Brasil. “Pindorama – Antes de Se Chamar Brasil” contribuirá com o enriquecimento do vocabulário de palavras de origem indígena e que compõem a nossa língua portuguesa brasileira, rompendo com a invisibilidade direcionada à história e riqueza das culturas originárias do Brasil.
Na obra, os artistas do Aldeia Coletivo recontam as histórias da Mandioca, do Cacau e da Pipoca, que compõem o imaginário mítico dos povos indígenas. “Tornar presente nas escolas temas acerca da cultura e história indígena é dar a nossa juventude a oportunidade de terem contato com a nossa própria história e presente. E com a consciência desperta de quem somos, com certeza nosso mundo será mais justo, inclusivo, ecológico e mais coletivo”, descreve o multiartista Caboclo de Cobre.
A cultura indígena perpassa de forma marcante o nosso dia a dia, está nas farmácias, supermercados, na banca de revista e na lojinha de estética, está nas nossas mesas e sob os nossos pés. “O ovo, em algumas culturas, simboliza fertilidade e renascimento, mas mesmo não tendo ligação direta com a páscoa cristã, o chocolate é mais uma vez a tradição indígena presente nos nossos costumes e jeito de ser”, descreve Caboclo de Cobre.
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As apresentações integram as atividades voltadas ao Dia dos Povos Indígenas (19), evidenciando e reconhecendo a importância dos povos originários na história e cultura brasileira. Está sendo trabalhada também a literatura produzida por escritores indígenas, produzindo atividades que identificam as etnias e territórios indígenas na Bahia e Brasil. De acordo com a diretora pedagógica do Grupo PED, Tanachara Paraíso, a realização das ações culturais e pedagógicas buscam valorizar a diversidade da cultura indígena, assim como combater estereótipos e a desinformação.
“Em nossas unidades, buscamos trabalhar a temática dos povos originários a partir dos campos de experiências e dos objetivos de aprendizagem da Educação Infantil, bem como das habilidades do Ensino Fundamental, promovendo vivências significativas, como a experiência com o cacau, em que as crianças irão conhecer o processo do fruto até a produção do chocolate. Essa vivência contribuirá de forma expressiva para o desenvolvimento das habilidades essenciais de aprendizagem, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, realça Tana, ao acrescentar que as atividades integram o programa PED Cultura.
Caboclo de Cobre pontua que “a educação formal precisa reconhecer que há uma dívida, ou melhor, um déficit de conhecimento, de conteúdo mesmo, não somente sobre questões indígenas e ambientais na atualidade, como de bases profundas da nossa própria história como território/nação/país. Assim, se faz urgente se provocar num exercício de reencontro ou retomada de nossa história, a partir de uma cosmovisão indígena”.
Literatura Infantil
Para o Dia Nacional do Livro Infantil e Dia Mundial do Livro, 18 e 23 de abril, as unidades do Grupo PED desenvolverão algumas atividades: o programa PEDAjuda para a doação de livros infantis; “Meu Amigo Leitor”, um amigo secreto para troca de livros entre os alunos; e a Sacola da Leitura/Maleta Viajante, em que o estudante escolhe uma literatura e leva pra casa para ler com a família.
Grupo PED
Presente em seis estados brasileiros, Bahia (Salvador e Lauro de Freitas), São Paulo (capital paulista), Distrito Federal (Brasília e Tororó), Góias (Goiânia), Paraná (Araucária) e Minas Gerais (Unaí), a rede de educação Grupo PED tem se destacado nacionalmente por sua metodologia pedagógica disruptiva e humanizada, que associa o aprender ao fazer e tem como base a construção do conhecimento de maneira coletiva.
As unidades do Grupo PED são espaços de acolhimento educacional para crianças, jovens e adolescentes, que estudam desde a Educação Infantil ao Ensino Médio. Criado há cerca de 40 anos, em Salvador, inicialmente chamado de “Educandário Pedacinho do Céu”, a rede se torna Grupo PED em 2023 e busca desenvolver nos estudantes habilidades essenciais para os desafios do mundo contemporâneo.
Para isso, aplica a abordagem pedagógica STEAM, uma abreviação para Science (Ciência), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia), Arts (Artes) e Mathematics (Matemática), que integra áreas de conhecimento para a construção de pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração e promove o protagonismo dos alunos no aprendizado.
Escolas contam, para além das salas de aulas integrativas e coletivas, com espaços diversos como o Ateliê PED Maker, para Robótica e Artes, Parque Infantil, Árvore de Leitura, Aulas de Música, Horta, Refeitório, Parques Infantis, Espaço de meditação, o programa PedSports, entre outros.
