O bloco político encabeçado pelo PT vai às urnas em Camaçari com uma aliança partidária maior que o grupo do prefeito Elinaldo Araújo (União) e do prefeiturável Flávio Matos (União), pela primeira vez, nos últimos oito anos. Nos pleitos de 2016 e 2020, a chapa do PT teve como candidatos Luiz Caetano e Ivoneide Caetano, respectivamente, ambos derrotados por Elinaldo.
Às vésperas das convenções que devem oficializar os nomes de Caetano e Flávio, o PT ostenta um arco partidário com 10 legendas: PV, PCdoB, PSD, PSB, Avante, Solidariedade, Podemos, PSOL e Rede, além do próprio PT. Já o União Brasil, fruto do casamento entre DEM e PSL em 2022, vai sacramentar uma base de oito partidos, com Progressistas, PSDB, Cidadania, Republicanos, PRD, PDT, PL e, obviamente, União Brasil.
O desenho partidário dos dois principais grupos políticos que duelam pelo comando da quarta maior cidade da Bahia traz ainda uma projeção de verdadeiros exércitos de candidatos a vereadores e vereadoras de lado a lado. A oposição deverá chegar a casa dos 144 candidatos ao Legislativo Municipal, enquanto a base de Flávio e Elinaldo pode, também, repetir o número e lançar 144 nomes.
Outro fato a ser notado é que, desde 2004, o bloco político de centro-esquerda em Camaçari não firmava um pacto de unidade para as eleições em Camaçari. Em 2008, o PSOL, fundado em 2006, teve candidatura própria a prefeito, assim como em 2012, 2016 e 2020. Mesmo caminho teve o PCdoB em 2012, quando lançou Jailce Andrade.
*Artigo atualizado às 12:10 em 23 de julho de 2024
Lenielson Pita é jornalista