Pesquisa do Instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) questionou a avaliação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à campanha nacional de vacinação contra a Covid-19. Das 2.002 pessoas entrevistadas, 53,7% disseram que a atuação do político prejudicou a ação. O levantamento foi publicado hoje (21).
Outros 28,5% dos eleitores acham que ele não favoreceu e nem prejudicou, e 14,8% acreditam que a atuação de Bolsonaro favoreceu a campanha. Não sabem ou não responderam, 3%.
A pesquisa entrevistou pessoas com 16 anos ou mais, de 16 a 19 de fevereiro deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
O presidente Jair Bolsonaro nunca se mostrou favorável às vacinas. Ao longo de quase dois anos de pandemia, ele defendeu remédios que não têm eficácia científica comprovada contra a doença, o que classifica como tratamento precoce. Entre as declarações sobre a vacinação, o político afirmou ser contrário à imunização do público infantil e associou os imunizantes à Aids.
A postura de Bolsonaro, no entanto, não reflete o perfil dos eleitores entrevistados. Segundo a pesquisa, 78,6% são favoráveis à vacinação de crianças e adultos; 15,4% são a favor apenas da vacinação de adultos e 4,4% são contrários à vacinação para qualquer público. Não sabem ou não responderam, 1,6%.