Política
Opinião: a difícil missão que Júnior Borges tem pela frente, por Lenielson Pita
Reconstruir relações e corrigir fissuras não são tarefas fáceis, mesmo para homens experientes.
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Lenielson PitaO vereador e presidente da Câmara Municipal de Camaçari, Júnior Borges (União), tinha tudo para ser o candidato a deputado estadual do grupo que comanda o governo na cidade e um dos nomes prioritários para sucessão em 2024. No entanto, Júnior errou no cálculo quando enfrentou o deputado federal Paulo Azi (União), importou Geraldo Júnior (MDB) e permitiu que dúvidas fossem geradas sobre sua lealdade ao prefeito Elinaldo Araújo (União), maior líder político do grupo no município.
Classificados por alguns como equívocos, as iniciativas do chefe do legislativo municipal colocaram em xeque um histórico marcado por vitórias. Agora, Júnior tenta reverter a imagem negativa que ele permitiu que fosse criada. Porém, reconstruir relações e corrigir fissuras não são tarefas fáceis, mesmo para homens experientes. Apesar de reconhecida habilidade, essa missão requer muito mais que atuações pomposas, como as quais o vereador está acostumado.
Para além de palavras, é imprescindível ter atitude. Nesse caso, o ditado se inverte, ou seja, não basta parecer confiável, tem que ser confiável. Só com a imagem e confiança reestabelecidas, Júnior terá alguma chance nas próximas eleições no campo do governo e uma vida mais tranquila, sem cobranças exacerbadas e a necessidade de se explicar constantemente.
Se avaliar que tal empreitada não vale mais à pena, movimento semelhante ao do seu “amigo irmão” Geraldinho, precisaria ser feito antes de outubro deste ano para causar considerável impacto, enquanto ainda detém o poder e prestígio do cargo de presidente da Câmara, podendo inclusive firmar acordo em uma eventual chapa majoritária como pré-candidato a vice-prefeito de Ivoneide Caetano (PT).
Por hora, Júnior garante que também é “amigo irmão” de Elinaldo. Em recente declaração durante inauguração da Praça Virgínia Reis Tude, no Verdes Horizontes, o presidente do legislativo municipal disse que ambos, Elinaldo e ele, não são dois, são apenas um. Entretanto, atacar a imprensa como fez na mesma ocasião não irá limpar a imagem que o próprio desgastou com posturas dúbias e movimentos questionáveis pelo grupo que integra. Se insistir nesse caminho, estará apenas perpetuando os equívocos.
Lenielson Pita é jornalista e diretor do Destaque1.
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