Segurança
Operação Ojuara: Polícia Federal resgata 13 cobras na agência dos Correios de Simões Filho
Os investigados pela comercialização dos animais responderão pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais.
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RedaçãoA Polícia Federal, com o apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e do Centro de Triagem de Animais Silvestres Cetas/Inema, deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), na Bahia, a Operação Ojuara, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação relativa ao tráfico ilegal de animais praticado através dos Correios.
A investigação teve início com a apreensão de diversos répteis na Agência Central dos Correios em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), quando foi detectada a presença de objetos postais, identificados fraudulentamente, que continham carga viva. Até o momento, foram resgatadas 13 cobras, três corn-snakes baby; três corn-snakes adultas; quatro jiboias; uma salamanta; e duas pítons.
No decorrer da apuração da Polícia Federal, constatou-se a existência de uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais, da fauna silvestre e exótica, que comercializava os espécimes através da internet e utilizava o serviço postal para realização da sua entrega.
Registra-se que o tráfico de animais, silvestres ou exóticos, causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção.
Alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso soltos, além de ameaçar as espécies nativas da região, podem transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país. As cobras do gênero píton, por exemplo, sendo naturais da Ásia, podem dizimar a fauna local, por viverem 30 anos, não terem predadores no Brasil e serem capazes de se reproduzir por si sós.
Nesta terça-feira, equipes da Polícia Federal, com apoio da Coppa, cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, tendo os animais aprendidos sido encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Inema, para reabilitação e, quando possível, devolução a natureza.
Os investigados pela comercialização dos animais responderão pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais; introdução de espécime animal no país, sem autorização; receptação e falsidade ideológica. As penas, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão.
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