Política
“O PL está perdendo uma grande oportunidade de colocar o Bolsonaro no partido”, declara presidente da sigla em Camaçari
As alianças do PL em todo o país têm sido uma barreira para oficializar a filiação.
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Camila São JoséDiante das negociações de filiação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Partido Liberal (PL), o presidente do diretório municipal da sigla em Camaçari, Antônio Carlos Soares, defende a vinda de Bolsonaro e de seus filhos.
As alianças do PL em todo o país, a exemplo do apoio a João Doria (PSDB) em São Paulo, um dos inimigos políticos de Bolsonaro, têm sido uma barreira para oficializar o casamento. Na Bahia, o partido integra a base do governador Rui Costa (PT).
“Acho que o PL está perdendo uma grande oportunidade de colocar o Bolsonaro no partido. Bolsonaro com certeza vai ganhar a eleição, não tem quem derrube o Bolsonaro, e aí o PL teria o presidente da República. Teria que tomar uma posição no Brasil todo, todo mundo teria que ser Bolsonaro. Não adianta ficar aqui na base do PT, em São Paulo, com o PSDB. Bolsonaro não vai aceitar isso. Com certeza o PL tinha que tomar uma posição real, 100% Bolsonaro”, pontua Antônio Carlos Soares.
A cerimônia de filiação de Jair Bolsonaro, que estava agendada para o dia 22, foi adiada. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se reunirá hoje (17) com outros representantes da legenda para debater o assunto.
No entanto, uma decisão efetiva só deve sair a partir de domingo (21), dia da prévia do PSDB que decidirá o candidato do partido à Presidência da República em 2022. Caso Doria não seja o escolhido, o cenário pode mudar. Outra pendência é a candidatura ao governo de São Paulo, já que o PL apoia o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) e Bolsonaro quer que o partido esteja ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em uma eventual candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
Voltando para a Bahia, o presidente do diretório do PL em Camaçari acredita que ACM Neto (DEM/UB) terá mais chances se apoiar e integrar a base do governo Bolsonaro. “Eu tenho esperanças que ACM Neto caia na real e apoie Bolsonaro, um homem de direita, como ele é de direita. Ele representa a direita na Bahia, praticamente o DEM representa a direita no Brasil. Não sei por quê essa rebeldia de ACM Neto não apoiar Bolsonaro”, critica.
Mantendo-se esse cenário, com as pré-candidaturas ao Palácio de Ondina postas até o momento, Soares confirma que o PL Camaçari seguirá com o candidato de Bolsonaro, que até agora é o deputado federal João Roma (Republicanos), ex-aliado político de ACM Neto. O nome do ministro da Cidadania ainda não foi oficializado. “Bolsonaro precisa fazer um palanque na Bahia, e o palanque é João Roma. E aí nós vamos ficar com João Roma para fazer o palanque de Bolsonaro, porque a gente não pode ficar dividido”.
Em Camaçari, Antônio Carlos Soares afirma que em 2022 o partido será “100% Bolsonaro”.
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