Artigo
O pecado capital dos políticos na internet, por Geraldo Honorato
A classe política tem dificuldade em entender que as redes sociais são plataformas de entretenimento e informações úteis.

Publicado
em
Por
Geraldo Honorato
A grande maioria das pessoas usa as redes sociais maciçamente no dia a dia. Fato. E os políticos, ainda que saibam disso, enchem as redes com propagandas que não fazem sentido fora da bolha de vaidade em que vivem. Outro fato! Mais do que isso, trata-se de duas verdades que, embora não absolutas, alcançam pelo menos 90% dos casos. Mas por que há esse descompasso entre o que os políticos apresentam como conteúdo e o que realmente desperta interesse no dito cidadão comum? Destaco três prováveis causas.
Primeiro, a classe política tem dificuldade em entender que as redes sociais são plataformas de entretenimento e informações úteis. Quase sempre, “vossas excelências” não conseguem se encaixar em nenhuma dessas caixinhas, salvo raríssimas exceções. Não entretêm na forma e muito menos conseguem ser úteis no conteúdo. O tempo todo falam sobre si e exaltam seus feitos e agendas, ignorando a máxima de que elogio em boca própria não tem credibilidade. Dá para afirmar que político no Instagram é como alguém usando paletó e gravata tentando vender enciclopédia em uma festa. Totalmente fora de contexto, com a conversa errada, na hora errada, fadado a ser irrelevante.
Os políticos também têm apreço pelo monopólio da fala. Essa é a segunda causa provável. Gostam de falar, mas têm pouca paciência para ouvir de verdade, o que vira um problemão, já que as redes sociais são um ambiente de comunicação horizontal. Isto é, deixaram de existir as figuras clássicas do emissor e receptor. Quem antes era mero receptor foi empoderado, interage, produz conteúdo e ganhou voz ativa. Costumo dizer que, da mesma forma que a eleição é sobre o eleitor, as redes sociais são sobre a audiência. Desconsiderar isso é caminhar para a inelegibilidade digital. Quantos políticos você conhece que “respondem” as mensagens e comentários feitos pela audiência? Poucos, com certeza.
Justamente por ignorar a regra de ouro de que as redes sociais são sobre a audiência que os políticos e suas equipes de comunicação erram tanto na produção de conteúdo. Publicam o que desejam, seguindo a bússola da vaidade e negando os pontos de interesse da audiência que querem alcançar. É como se a cidade estivesse sob uma enchente, sendo este um dos pontos de atenção da audiência/população, e os políticos dessa mesma cidade falando sobre o gelo ártico.
A verdade é que a maioria dos políticos não consegue nenhum engajamento para além de suas próprias bolhas. E não se incomodam. Afinal, é mais cômodo receber elogios de um já convertido do que interagir com algum internauta sobre um problema real. Político no Brasil é tratado como celebridade. Isso faz muitos deles pensarem que são artistas. E, por pensarem assim, resumem a internet a um mero palco sem brilho e sem arte. Que fique claro: é possível fazer/ser diferente. Vamos falar disso nos próximos artigos. Hasta la vista!
Geraldo Honorato é jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e em Comunicação e Política. É sócio-fundador da agência de publicidade PPÔ Comunicação.
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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