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“O meu orgulho em ser LGBT é ser feliz”, dispara influenciador digital Rilton Martins
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Mirelle LimaEmbora a homofobia ainda esteja presente no tecido social brasileiro, há vitórias a serem celebradas. De acordo com pesquisa realizada pelo Google, desde 2015, o interesse de busca por termos relacionados aos direitos LGBTQIA+ é superior à busca por termos anti-LGBT.
O termo LGBT é utilizado para representar lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais. A sigla foi aprovada no Brasil em 2008 em uma Conferência Nacional para debater os direitos humanos e políticas públicas do público.
Nesta sexta-feira (28) é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT e em entrevista ao Destaque1 o influenciador digital Rilton Martins fala sobre suas experiências e o orgulho em ser LGBT.
Com 21 anos, Rilton Martins, além de influenciador digital é consultor jeans em uma loja de departamento em Camaçari. Ao falar sobre seu período de descoberta, o jovem enfatiza que sempre soube de sua sexualidade, mas ainda não havia atingido a maturidade para aceita-la. “Eu sempre soube, na verdade a gente sempre sabe o que a gente deseja, o que a gente sente, o que a gente quer, só que a gente precisa atingir um nível de maturidade para se aceitar, e todo mundo tem seu tempo. No meu período foi algo muito complicado e complexo, minha maior dificuldade foi no meio familiar, que foi algo de difícil aceitação. Mas com a sociedade eu sempre me impulsionei, vocês tem que me aceitar, eu sou assim e acabou”.
Rilton ressalta que a principal mudança na sua vida, antes e depois de se assumir LGBT é a constante sensação de liberdade.
Ao comentar sobre as dificuldades e preconceitos enfrentados, Rilton afirma que a moda tem sido uma grande aliada. “Agora eu estou tendo um contato maior com a moda e ela tem sido uma grande aliada. Nós tivemos o Camaforró aqui em Camaçari, e eu sempre frequentei, mas esse ano eu resolvi mudar, eu sempre fui como uma pessoa fácil das pessoas aceitarem, no mundo LGBT existe muito isso, têm aquelas pessoas mais fáceis de aceitar, e aquelas mais ‘estranhas’. Este ano eu disse não, eu resolvi me expressar, eu fui muito bem vestido, eu fui vestido de uma maneira bem feminina, pra ver a reação das pessoas e sim, eu enfrentei tudo, eu tive que passar por cima de diversas barreiras, porque hoje em dia um homem não usa um salto, não usa um cinto feminino, muito menos corte de cabelo e maquiagem e as pessoas acabam te julgando, isso afeta, mas a gente tem que decidir como vamos usar isso, e eu uso isso ao meu favor, nós temos que resistir, é daí que vem o orgulho, a gente luta diariamente”, contou.
O jovem afirma que a internet é uma forma de expressar quem ele é e ajudar outras pessoas, além de mostrar que apesar das dificuldades, ele sempre terá alegria. “A internet pra mim é poder expressar a minha opinião, poder mostrar quem eu sou, e dessa forma ajudar, mostrando que eu sou gay, mas eu posso estar onde eu quiser sendo eu mesmo, eu tento passar sempre alegria e diversão. Mesmo sofrendo tanto preconceito e repressão, eu continuo sendo feliz e passando felicidade pra outras pessoas, e a internet me ajuda com isso”.
Rilton ainda destaca que também há preconceito na internet.
“A internet também pode ser tóxica e traiçoeira, porque nem todo mundo que te acompanha ali são seus amigos e querem seu bem, mas como equilibrar isso? Com humor e verdade. Eu tenho uma referencia que é Pabllo Vittar, e ele diz ‘ame quem te machuca’, porque aí as pessoas vão entender que não vai ter retorno, esse é o meu conselho”, conta.
Para aqueles que possuem dificuldade em se aceitar, o jovem aconselha que procurem uma forma de se expressar, conquistar o seu espaço. “Acho que o mais importante, é se respeitar, estar satisfeito com seus atos, estar bem consigo mesmo. O meu conselho é, procure entender o que você gosta de fazer , são esses lugares que você gosta de ir? Se não for, não tenha medo de deixar pra trás, a vida esta aí para conhecer coisas novas, se permita, se desafie, um dia, faça algo diferente, tente, se conheça. Use como base as pessoas que te apoiam, não tem só gente ruim nesse mundo, tem muita gente legal, só precisamos nos permitir conhecer, nós temos que romper as nossas barreiras”.
Para ele, o maior orgulho em ser LGBT é a liberdade, a felicidade de ser quem ele quiser, com amor próprio sem se preocupar com julgamentos alheios.
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