Esporte
O calvário Tricolor, por Fabio Sena
A esperança é torcer contra os adversários diretos na briga contra o rebaixamento.
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Fabio SenaUm bando em campo. Talvez essa seja a definição mais clara do que é o time do Bahia na atual temporada. Um grupo de jogadores com total incapacidade de representar a história de um dos maiores clubes do país.
Ao longo da temporada, três técnicos assumiram, e nenhum conseguiu dar equilíbrio e trazer solidez defensiva à equipe. Um time que tem sérios problemas na criação de jogadas, graves limitações técnicas e que abusa de uma transição lenta, incapaz de furar bloqueios dos seus adversários.
No sábado (6), o Bahia cedeu um empate ao Goiás nos acréscimos e deixou escapar a chance de se afastar do fantasma da série B, que a cada dia parece mais real. No encontro das duas piores defesas da competição, o que se viu foi um verdadeiro show de horror proporcionado por ambas as equipes no setor defensivo.
No Tricolor, chamam a atenção as recorrentes falhas individuais de alguns dos seus atletas, a começar pelo goleiro Anderson, que nitidamente não transmite confiança nem a si, nem aos seus colegas. A cada saída do gol, o torcedor tricolor sofre no sofá de casa e cruza os dedos à espera de um milagre. Difícil entender sua permanência na ausência do titular Douglas.
As inúmeras duplas de zaga formadas ao longo da competição são um capítulo à parte no ano tricolor. Por muitas vezes, a impressão é de que não existem treinamentos dos atletas diante das constantes falhas amadoras proporcionadas por Lucas Fonseca e companhia.
Nas laterais, jogadores extremamente limitados tecnicamente, que pouco apoiam e que sofrem na parte defensiva. Juninho Capixaba, por exemplo, será lembrado no futuro como um dos laterais mais tecnicamente fracos da história do clube.
No meio e no ataque, jogadores que não vivem seus melhores momentos nas suas carreiras, como Gregore, Ronaldo, Rodriguinho e Daniel. Aliado a isso tudo, um técnico que se mostra ainda incapaz de comandar uma equipe com a grandeza do Bahia. Até aqui, Dado Cavalcanti se apresentou bastante pragmático nas suas alterações e não conseguiu implantar um padrão de jogo para sua equipe.
Diante desse cenário, o torcedor tricolor amarga um triste calvário do seu clube, que a cada semana parece não encontrar soluções para fugir da série B.
A esperança é torcer contra os adversários diretos na briga contra o rebaixamento, já que buscar forças e qualidade nesse grupo será como buscar água no deserto.
Fabio Sena é administrador de empresas com pós-graduação em Gestão da Produção. Camaçariense com muito orgulho e fanático por futebol. @equipegolfc
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