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Número de divórcios teve nova queda recorde na Bahia e foi o menor em sete anos, aponta IBGE
Em 2020 ocorreu um divórcio para cada três casamentos.
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RedaçãoO ano de 2020, primeiro da pandemia de Covid-19, não foi apenas de forte baixa no número de casamentos registrados. Frente a 2019, também houve queda recorde no total de divórcios concedidos pela Justiça ou por escrituras extrajudiciais, tanto na Bahia como em Salvador. Com isso, o total de dissoluções de uniões formais foi o menor em sete anos no estado e em 13 anos na capital.
As informações publicadas hoje (18) integram as Estatísticas do Registro Civil 2020 e foram elaboradas pelo IBGE a partir de dados das varas únicas, cíveis e de família; da Justiça Itinerante; do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC); de tabelionatos de notas; e de cartórios de registro civil com funções notariais.
Em 2020, na Bahia, foram registrados 15.864 divórcios judiciais ou por escrituras, o menor número desde 2013, quando haviam sido concedidos 15.840 divórcios. O total de divórcios em 2020 no estado foi 21% menor do que o registrado em 2019 (20.087), o que representou menos 4.223 dissoluções de um ano para o outro.
Foi o segundo recuo seguido no número de divórcios na Bahia, que já havia caído na passagem de 2018 para 2019, após três anos consecutivos de crescimento.
Foi também a terceira maior queda absoluta do país (-4.223), num ano em que 22 das 27 unidades da Federação apresentaram redução nessa estatística.
Apenas Rio de Janeiro (-12.959) e São Paulo (-10.921) tiveram maiores diminuições absolutas no total de divórcios do que a Bahia, entre 2019 e 2020. No outro extremo, dentre os cinco estados em que as dissoluções tiveram alta, Minas Gerais (+1.729), Amazonas (+647) e Santa Catarina (+438) lideraram em termos absolutos.
No Brasil como um todo, o número de divórcios também caiu em 2020 (-13,6%), chegando a 331.185 registros, ou menos 52.101 do que o total registrado em 2019.
Em Salvador a redução na concessão de divórcios foi ainda mais intensa. Em 2020, foram registrados 2.702 divórcios judiciais ou por escritura, quase metade (-47,6%) do número de 2019, que havia sido de 5.159, o que representou menos 2.457 dissoluções em um ano. Na capital, o total de divórcios em 2020 foi o menor desde 2007, quando haviam sido registrados 2.241.
A redução das dissoluções de casamentos em Salvador também foi a segunda consecutiva, depois de cinco anos seguidos de alta nessa estatística, 2014 a 2018.
A queda absoluta de 2019 para 2020 no número de divórcios em Salvador foi a segunda mais intensa entre as capitais brasileiras, superada apenas pela verificada no Rio de Janeiro/RJ, -4.044 divórcios entre um ano e outro. Só quatro das 27 capitais viram o número de divórcios aumentar em 2020, lideradas, em termos absolutos, por Manaus (+675), Belo Horizonte (+167) e Macapá (+42).
Tempo médio
Ainda que tenha havido uma queda importante dos divórcios na Bahia de 2019 para 2020, como o total de casamentos também recuou, praticamente não se alterou a relação entre o número de uniões e de dissoluções. Em 2020, ocorreu um divórcio para cada três casamentos (2,9) no estado. Arredondando, o índice se manteve o mesmo de 2019, um divórcio a cada 3,3 casamentos.
Outro movimento que tampouco mudou foi o de redução na duração média dos casamentos, que se verifica em todo o país. Os casais que se divorciaram em 2020, na Bahia, tinham ficado casados por uma média de 14,6 anos, frente a 15,2 anos em 2019 e 16,9 anos em 2010.
No Brasil como um todo, em 2020 os casamentos duraram em média 13,3 anos, frente a 13,8 anos em 2019 e 15,9 anos em 2010.
Apesar da queda, a Bahia na verdade subiu no ranking nacional de duração média dos casamentos. Em 2010, o estado ocupava a oitava posição entre os casamentos mais longevos. Em 2019 estava em sexto lugar, e em 2020 ficou na quinta colocação.
Rio Grande do Sul (média de 16,1 anos entre casamento e divórcio), Piauí (16 anos) e Rio Grande do Norte (15,2 anos) tinham os casamentos mais duradouros em 2020. No outro extremo estavam Acre (9,2 anos), Rondônia (10,5 anos) e Amapá (11,4 anos).
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