Esporte
Neozelandesa Laurel Hubbard se torna primeira atleta trans em Olimpíadas
Ela competiu nesta segunda-feira (2), na categoria acima dos 87 kg do halterofilismo, mas foi eliminada.
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RedaçãoA halterofilista Laurel Hubbard, 43 anos, da Nova Zelândia, marcou a história dos Jogos Olímpicos ao se tornar a primeira atleta transgênero a competir no torneio. Ela competiu nesta segunda-feira (2), na categoria acima dos 87 kg, mas não concluiu nenhuma das suas três tentativas de arranque e deixou as Olimpíadas de Tóquio sem medalha.
Hubbard se classificou para Tóquio em maio, depois de uma mudança de regra, que assegurou a sua vaga na categoria de superpesadas. Essa foi a sua primeira vez em uma competição olímpica, retornando ao halterofilismo após lesão grave no cotovelo em 2018.
A atleta fez a transição de gênero em 2013, aos 35 anos. Em 2017 conquistou medalha de ouro no Australian International & Australian Open, na categoria 90 kg, se tornando a primeira mulher trans a ganhar um título internacional de levantamento de peso pela Nova Zelândia.
Em 2004, o Comitê Olímpico Internacional (COI) exigia a cirurgia de redesignação genital para que atletas transgêneros fossem aceitos nas Olimpíadas. Com modificações, o regulamento estabelecido pelo COI em 2015 abriu caminho para que mulheres trans e cis competissem na mesma categoria, desde que apresentem níveis de testosterona abaixo de 10 nanomoles por litro por, pelo menos, 12 meses antes do início da competição. Em julho, o COI apoiou a decisão da Nova Zelândia de permitir que Laurel Hubbard participasse dos Jogos. Porém, o comitê afirma que as regras podem ser revisadas no futuro.
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