Saúde
Mortes por Covid-19 caem na Bahia, mas cenário ainda exige cuidados, diz especialista
Infectologista Matheus Todt alerta para importância da vacinação.
Publicado
em
Por
RedaçãoEmbora os números de contaminação e mortes por Covid-19 na Bahia ainda não permitam que se fale em fim da pandemia, os dados vão caindo no estado, mesmo com o avanço da variante Delta, com registros de 135 contaminações e duas mortes, segundo dados divulgados pelo Governo do Estado.
Desde julho tem se observado na Bahia uma queda dos óbitos em função do coronavírus. Entre os dias 6 de junho e 6 de julho, por exemplo, foram registradas 2.679 mortes, e, no mesmo intervalo de setembro a outubro, o número caiu para 319, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
A redução das mortes vem acompanhada da queda nas infecções. Entre os dias 6 de junho e 6 de julho, 106 mil novos casos foram registrados pela Sesab. Já entre 6 de setembro e 6 de outubro, foram 12 mil novas infecções.
Em relação ao número de casos ativos, no dia 6 de junho, 14 mil pessoas na Bahia estavam com a doença, número que caiu para 11 mil no dia 6 de julho; 4 mil em agosto, 2,6 mil em setembro. Em outubro, porém, o número praticamente se manteve, 2,5 mil. Para o infectologista da S.O.S. Vida Matheus Todt, isso é um sinal de que a transmissão da Covid-19 segue em alta e ainda são necessários cuidados.
“A tendência da pandemia é perder força e se tornar menos grave, mas como a queda de mortes é acentuada, nós atribuímos isso à vacinação, visto que as vacinas são mais eficazes justamente na redução de casos graves e mortes. A transmissão da doença ainda é alta, por isso o número de casos ativos, pois as vacinas têm menos efeito para deter a transmissão, sendo fundamentais para reduzir hospitalizações e óbitos”, explica. Uma parte dessa contaminação pode estar sendo causada pela variante Delta, com alta de transmissão.
Houve redução também no número de internação de pacientes pela doença. No dia 6 de junho, 1.352 baianos estavam em UTI, número de 185 em 6 de outubro. Matheus salienta, porém, que isso ainda não representa o fim da pandemia.
“Ainda temos uma alta transmissibilidade do vírus, e isso é perigoso, pois num cenário que ele circula bastante, pode ser que sejam até geradas novas variantes. Eu arriscaria dizer que só no ano que vem poderemos viver sem restrição nenhuma, ainda tendo casos e mortes, porém já não em um cenário pandêmico”, aponta.
Todt destaca ainda a importância da vacinação no combate à Covid-19. “A vacina é eficaz para a Delta e todas as variantes que a gente conhece hoje, sendo a segurança de que chegaremos ao fim da pandemia”, diz o infectologista.
Leia Também
-
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC
-
SMS amplia vacinação contra a dengue para público de 6 a 16 anos
-
Após 18 anos, primeiro caso de cólera autóctone é registrado no Brasil; paciente é de Salvador
-
Espaço Cidadania oferece serviços gratuitos durante a semana em Salvador; confira a programação
-
Vacinação contra a dengue tem horário especial em Salvador nesta segunda
-
Matrículas para o Programa Universidade para Todos são prorrogadas até sexta