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Mercado de casamentos em Camaçari se reinventa durante pandemia
O matrimônio a dois tem sido uma das opções responsáveis por movimentar o setor.
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Melissa DuarteDesde o início da pandemia do novo coronavírus, muitos negócios tiveram que se adaptar. As empresas de eventos, principalmente casamentos, são algumas das principais vertentes que sofreram por trabalharem diretamente com a interação humana tradicional. Com a metodologia excluída, foi preciso se reinventar para conseguir manter um bom padrão de serviço e posição no mercado, em tempos normais o setor de eventos é muito procurado chegando a movimentar R$ 17 bilhões no ano de 2016, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva.
Em Camaçari, a Assessoria Trevo trabalha exclusivamente no planejamento de casamentos. A empresa foi fundada em 2018 e atende noivas de várias cidades. Para a empresária Amanda Zaira, o pior já passou e é preciso focar em alternativas para manter um bom fluxo de vendas. “No início foi muito assustador, chegamos a pensar que não haveriam mais casamentos esse ano, porém, observando nossa comunidade, aprendemos a oferecer exatamente aquilo que ela precisa, focamos na solução e escolhemos mostrar para a noiva uma saída, foi aí que conseguimos obter resultados e realizar novas assessorias”, explica.
A melhora para o segmento veio a partir de uma tendência que já existia, mas não era muito explorada, o Elopement Wedding, que consiste em um casamento íntimo onde apenas a noiva e o noivo participam, sem nenhuma participação de convidados, sendo geralmente realizado em viagens.
Amanda revela que após realizar um casamento nesse estilo, o boom começou e a procura foi intensa. “Fizemos um casamento a dois e obtivemos muito retorno e procura por esse estilo ainda no segundo semestre, apesar de não conseguir reverter toda a procura em venda, só o fato de ter casais interessados e pensando em cogitar esse modelo é incrível para o mercado e bem inovador”, afirma.
A assistente administrativo, Bruna Galvão, 21 anos, e o operador de processos químicos, Gabriel Calmon, 23, aderiram à modalidade, e contaram a experiência de casar durante uma pandemia. “Nunca fomos um casal tradicional, mas no início queríamos fazer uma festa de casamento e receber nossos familiares e amigos, mas quando tivemos a ideia do Elopement gostamos bastante, seria nossa oportunidade de celebrar nosso amor num momento difícil como esse, queríamos mostrar que é possível fazer um casamento intimista, com segurança e sem perder a essência”, frisa a recém-casada.
O evento foi transmitido online para os convidados e cada um recebeu um kit com uma carta escrita à mão e um açaí para degustarem enquanto assistiam. Para o casal a inspiração principal foi o amor. “Não podemos deixar de demonstrar o amor num momento como esse, de medo e insegurança, essa foi a mensagem que trouxemos para as pessoas”, destaca Bruna Galvão.
Proprietária da loja Ennie Noivas, especializada em aluguel e venda de trajes de festas, a empresária Ennie Carvalho avalia que o movimento diminuiu, mas não a ponto de ser nulo. “Mesmo em tempos de incertezas, percebemos que as pessoas não deixam de sonhar, elas não perdem essa capacidade, mesmo em meio a dias difíceis, esse talvez tenha sido meu maior aprendizado nisso tudo. Os eventos mudaram seu formato, mas continuam acontecendo. De uma forma tímida, mas ainda assim estão acontecendo”, ressalta.
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