Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu o pontapé na sua campanha eleitoral para presidente nesta terça-feira (16), em ato realizado na porta da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP).
“Eu devo praticamente tudo o que vivi na vida, tudo o que aprendi na política, eu devo a essa categoria extraordinária chamada metalúrgicos. Eu venho na porta da Volkswagen desde 1969, certamente muitos de vocês nem tinham nascido […]. Foi na porta da Volkswagen, da Ford, da Mercedes-Benz, que a gente conseguiu que a classe trabalhadora se politizasse, fizesse as greves de 69, 70, e conseguisse derrubar a ditadura militar”, lembrou o petista.
“Foi aqui que tudo aconteceu na minha vida, foi aqui que virei gente, foi aqui que adquiri consciência política, e foi por causa de vocês que acho que fui um bom presidente da República”, complementou. Lula atribuiu à categoria a aprovação dos seus oito anos de governo no Palácio do Planalto. “Vocês fizeram com que eu seja reconhecido como o maior presidente da história republicana deste país”.
“Nós vamos ganhar as eleições”, cravou. “Nós vamos ganhar porque esse país precisa de nós”, disse.
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O candidato petista criticou a utilização das religiões evangélicas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para conseguir a reeleição, as notícias falsas divulgadas dos mais diversos assuntos, falta de investimento na educação, a volta do Brasil para o mapa da fome e a postura de Bolsonaro diante da pandemia, chamando-o de “genocida”. “Não vai ter mentira, nem fake news que mantenha você [Jair Bolsonaro] governando esse país”.
Ao falar do reajuste do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, valor válido até 31 de dezembro de 2022, Lula alfinetou a decisão, classificada como eleitoreira, e disse que a população deve fazer uso do benefício. “Mande ele [qualquer pessoa] pegar e comer, porque se ele não pegar o Bolsonaro vai tomar”.
Lula ainda prometeu, caso eleito, voltar à porta da fábrica para anunciar o reajuste da tabela do Imposto de Renda.
No palanque, Lula estava acompanhado do candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad (PT), do candidato a senador Márcio França (PSB), e da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.
Em seu discurso, Hoffmann afirmou que o ato de hoje “é voltar às raízes, é dizer com quem a gente tem compromisso, é dizer porque a gente faz política”. A presidente nacional do PT convocou a militância para combater as fake news. “Nós vamos enfrentar uma campanha muito dura com um adversário que joga baixo. Como ele não tem projeto para o país, ele mente. Nós precisamos ser um mutirão da verdade”, demarcou.
Ao defender a sua candidatura e o projeto de governo do PT, Haddad falou que, com a volta de Lula à Brasília, o compromisso é “recolocar o Brasil na trilha do desenvolvimento econômico e social”.
Trabalhadores, estudantes, centrais sindicais e representantes de partidos de esquerda também participaram do evento.