Política
Lula classifica disputa por terceira via como “piada” e pede que partidos lancem seus candidatos
“O povo tem que escolher não é entre duas candidaturas radicalizadas, o povo tem que escolher entre o fascismo representado por Bolsonaro e a democracia representada pelo Lula”, pontuou o petista.
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Camila São JoséA dualidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está posta desde as eleições de 2018 e deve se repetir nas eleições de 2022. Diante do cenário de disputa eleitoral que vem se consolidando, muito tem se falado na construção de uma terceira via para o Brasil, com o intuito de evitar a polaridade entre Lula e Bolsonaro. A ideia é classificada pelo petista como uma “piada”.
“No mundo inteiro você tem uma bipolaridade, uma dualidade na disputa eleitoral”, disse Lula em entrevista ao programa Ligação Direta, da Rádio Salvador FM, hoje (7), ao citar as disputas políticas na Alemanha, França, Estados Unidos e Espanha. “Eu sinceramente acho uma piada essa história de terceira via. Eu acho até que vai ter um programa de calouro”.
Alguns nomes são ventilados como essa possível alternativa, a exemplo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
“Aqui no Brasil, agora que não tem ninguém de direita, só de direita civilizada, no segundo turno, eles ficam inventando uma terceira via para tentar evitar os dois extremos, a radicalização entre Lula e o governo. Deixa eu te dizer uma coisa, primeiro que não tem essa dualidade, esse ódio. O povo tem que escolher não é entre duas candidaturas radicalizadas, o povo tem que escolher entre o fascismo representado por Bolsonaro e a democracia representada pelo Lula. É isso que está em jogo. Agora, isso não impede que existam outros candidatos”.
“Lancem todos os candidatos. Todos os partidos lancem candidatos. Tenham vergonha e lancem candidatos, e vamos ver o que o povo vai escolher. Aquele que for escolhido vai disputar o segundo turno. Ou seja, foi assim em 89 comigo. Eu era o bagrinho, eu era o que menos tinha chance. As pessoas precisam lembrar que eu não tinha quase nenhuma chance e fui para o segundo turno contra o [Fernando] Color”, disse. “Então, os partidos políticos parem de funcionar como cooperativas de deputados e funcionem como partido de verdade”, finalizou.
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