Política
Leão acusa Rui de comprar prefeitos para garantir eleição de Jerônimo
“O prefeito que não dava apoio não tinha direito a nada”, afirmou o vice-governador.
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Camila São JoséO vice-governador da Bahia e deputado federal eleito João Leão (PP) afirmou nesta segunda-feira (14) que o governador Rui Costa (PT) utilizou a máquina pública para “comprar” e coagir prefeitos, com o objetivo de garantir a eleição de Jerônimo Rodrigues (PT) ao Governo da Bahia.
Em entrevista à Rádio Brado, Leão afirmou que a mudança de lado de diversos gestores municipais, rompendo a aliança com ACM Neto (União) para ficar com Jerônimo, se deu por conta das ações de Rui Costa.
“O que aconteceu foi o seguinte, o governador Rui Costa, ele foi além do que deveria ter ido, ou melhor, ele queria ganhar a eleição de qualquer jeito, de qualquer maneira. Então, ele saiu aí ‘aonde é que eu vou atuar? Em cima dos prefeitos’. O que é que o prefeito quer? Quer dinheiro para fazer obra para o seu município”, disse.
Segundo o vice-governador, a “compra” de apoio dos prefeitos ocorreu através de promessas de realização de obras e destinação de verbas para projetos.
“Então, nós, no governo, eu era secretário de Planejamento do Estado, nós fizemos um superávit muito forte, de algo em torno de R$ 6 bilhões. E o governador saindo, ‘eu lhe dou dinheiro pra isso, eu lhe dou dinheiro para aquilo. Você quer fazer o quê? Quer fazer o que acolá? Quer fazer mais o quê?’. Então, ele saiu aí realmente comprando os prefeitos. Comprando não é dando dinheiro para o prefeito, é comprando o prefeito no apoio, em fazer obra, fazer isso, fazer aquilo. O prefeito que não dava apoio não tinha direito a nada, inclusive uma atitude que não é muito republicana. Que é aquela velha história, o Estado está aí pra ajudar a todos os municípios, todos, não ao município que vai apoiar o governador”, afirmou.
João Leão ainda defendeu ACM Neto e disse que o ex-candidato “fez uma campanha muito democrática”, ao contrário da chapa petista.
“O prefeito sabe, é o voto da cesta básica, é o voto disso, é o voto daquilo, é o voto daquilo outro. Rapaz, isso foi um mar de dinheiro na Bahia inteira, essa eleição é um ponto de interrogação. Será que isso que foi feito é correto? Será que isso que foi realizado, uma eleição dessa maneira, é uma eleição séria? Nós precisamos chegar a esse consenso, senão o próximo governador vai fazer a mesma coisa, vai chegar e comprar a alma de fulano, alma de ciclano, a alma de beltrano, é o toma lá dá cá. É o que aconteceu na eleição da Bahia”, falou.
O deputado federal eleito ainda acusou Rui Costa de ter ofertado R$ 120 milhões ao prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), em troca do seu apoio. O progressista, presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), estava fechado com ACM Neto. “Teve município que se botou R$ 100 milhões. O município de Jequié, que é o Zé Cocá, ele propôs 120 milhões [de reais] a Zé Cocá. Isso não é republicano”.
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