Júnior Borges sugere reserva de moradias de programas governamentais para mulheres vítimas de violência

Nesta terça-feira (22), durante a sexta sessão extraordinária, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Camaçari, Júnior Borges (União), defendeu a destinação de moradias populares às mulheres vítimas de violência.

A indicação nº 484/2022, aprovada em plenário, pede ao prefeito Elinaldo Araújo (União), ao governador Rui Costa (PT) e ao Ministério de Desenvolvimento Regional a reserva de um percentual de moradias dos programas governamentais para as mulheres vítimas de violência.

Publicidade

destaque-1-lateral

Para Júnior Borges, diante dos índices de violência no Brasil, que figura como o quinto país com maior número de feminicídios no mundo, segundo dados da ONU, e que entre 2020 e 2021 triplicou a quantidade de delitos contra as mulheres, como aponta Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), tabulado pelo Instituto Santos Dumont (ISD), é mais do que necessário possibilitar às vítimas um local de segurança.

“Por não possuir condições financeiras e nem para onde ir, muitas mulheres acabam não se separando de seu agressor, tendo que se submeter a situações degradantes por medo de não ter um teto para dormir nem condições financeiras de manter a si, e por vezes, os seus filhos. Por este motivo, a fim de tentar reparar as mazelas que a sociedade impõe as mulheres de nosso país, e em especial da nossa cidade, indico a criação de uma reserva do percentual de moradias populares oriundas de programas governamentais para mulheres vítimas de violência”, pontua o vereador.

Na visão de Júnior Borges, a reserva de vagas servirá para que as mulheres “possam reconstruir suas vidas em lar digno e com um ambiente salubre, longe de seu agressor, reduzindo, assim, os riscos de que determinada mulher acabe sendo mais uma vítima do feminicídio no Brasil”.