Política
Júnior Borges propõe criação de plano municipal para retomada da economia
A reunião contou com a participação de cinco secretarias.
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Camila São JoséA atual situação econômica de Camaçari foi pauta de encontro virtual realizado nesta sexta-feira (19), liderado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Borges (DEM), junto com representantes do Poder Executivo.
Com o objetivo de jogar luz sobre outras áreas afetadas pela pandemia de Covid-19, o presidente do Legislativo municipal quer aproximar a Casa das ações realizadas pela prefeitura no intuito de retomar as atividades econômicas da cidade.
“A pandemia transversalizou todo o cenário da sociedade, todos os setores foram afetados”, aponta Júnior Borges. Como saldo, a Câmara irá elaborar um documento, seguindo sugestão do democrata, para a criação de um plano municipal com possíveis medidas para a reativação do comércio, turismo, agronegócio, indústria, educação e demais áreas econômicas.
Ouça:
Para o secretário de Governo, José Gama, Camaçari vive atualmente “uma realidade de sobrevivência coletiva”, quando é preciso equilibrar gastos e investimentos de todos os setores, incluindo a máquina pública.
Gama ressalta que a crise econômica se instalou em Camaçari antes da pandemia; o setor tem sofrido impactos desde o ano passado, com o fechamento de empresas como Tigre e Fafen. Para driblar esse cenário e atrair novas empresas para o município, o secretário confirma o envio nos próximos dias à Câmara de um projeto de lei que visa conceder incentivos fiscais a novos empreendimentos e à expansão das empresas já instaladas na cidade.
Também presente na reunião, o titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Joaquim Bahia, aponta que Camaçari está passando por uma “situação extremamente delicada. Hoje o momento é muito mais dramático”.
Bahia defende a necessidade do diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo para unificação de medidas quanto à retomada das atividades econômicas. Sobre o atual panorama do município, o secretário informa que há uma queda brusca no arrecadamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é a principal fonte de arrecadação de Camaçari, e que, além dos investimentos no setor da saúde para o combate à pandemia de Covid-19, somente em 2020 o município gastou R$ 42 milhões em benefícios sociais (como vale-merenda, cestas de Páscoa e Natal, auxílio enxoval e Bolsa Social). Este ano, de janeiro até os primeiros dias de março, o montante é de R$ 13 milhões.
“Tivemos uma queda brutal no ICMS. Nós só conseguimos pagar as contas no ano passado porque o governo federal autorizou o parcelamento”. Ele lembra que em 2021 o município terá que pagar as despesas restantes do ano passado, mais as do exercício atual. “Nós não podemos perder de vista o pagamento da nossa folha de pagamento em dia, porque movimenta a economia da cidade, e o pagamento das nossas terceirizadas. Então, precisamos manter a máquina funcionando, porque se a máquina parar a cidade para”, pondera.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, Waldy Freitas, crê na necessidade de entender a importância de salvar vidas junto ao fortalecimento e recuperação da economia local. “Nós só vamos conseguir superar esse momento difícil do setor econômico se nós sobrevivermos, se nós conseguirmos lutar. A prioridade hoje é a saúde, é sobreviver, é tentar passar esse momento, que está muito difícil”.
Waldy destaca que já há um plano em elaboração, e que, entre as medidas, o município firmou parceria com o Sebrae para formação profissional, geração de empregos e fortalecimento de empresas.
A secretária do Turismo, Cristiane Bacelar, acredita que o setor turístico será a grande área de retomada da economia camaçariense. “O setor turístico vai ser a porta de retomada nossa, porque envolve desde o ambulante até o grande setor hoteleiro”, disse. “Não é só sol e praia, nós temos 52 produtos turísticos em Camaçari, e dentre eles está o turismo rural”, acrescentou.
Também participaram da reunião os vereadores Dilson Magalhães Jr. (PSDB), Gilvan Souza (PSDB), Deni de Isqueiro (DEM) e Tagner (PT), e o secretário da Agricultura e Pesca, Falcão.
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