Em visita institucional à Câmara de Salvador na manhã da última terça-feira (18), o presidente da Câmara de Camaçari, Júnior Borges (DEM), debateu com o chefe do Legislativo da capital baiana, Geraldo Júnior (MDB), sobre possíveis desdobramentos nas cidades que compõem a Região Metropolitana de Salvador (RMS). Um dos temas abordados foi a tramitação da medida provisória n° 1034, que pede a extinção do Regime Especial da Indústria Química (REIQ).
Para Júnior Borges, a implementação da proposta pode comprometer a capacidade produtiva de várias empresas, ampliando o risco de novas demissões, com anúncio de redução de operação ou até mesmo de fechamento. Por isso, pediu o apoio de Geraldo Júnior para a manutenção do REIQ, um regime que consiste na redução de encargos fiscais sobre matérias-primas essenciais para a produtividade do setor.
Em avaliação realizada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), constatou-se que os possíveis impactos da medida, que pode levar ao fechamento de plantas e postos de trabalho no estado, são diversos. Em um cenário agudo, com redução de 20% da capacidade, estima-se a perda de 33 mil empregos e de R$ 325,2 milhões na arrecadação de impostos. Já em um cenário de redução de 5% na atividade, estima-se a perda de mais de oito mil empregos e R$ 81,3 milhões em arrecadação de impostos. Atualmente, as plantas petroquímicas ocupam o segundo maior segmento industrial da Bahia.