Saúde
Julho Amarelo: entenda as principais formas de transmissão e como se prevenir das hepatites virais
Os vírus B e C são doenças silenciosas que podem evoluir para cirrose e câncer do fígado.
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RedaçãoOlhos amarelados, urina escura, fezes claras, desconforto e dor abdominal, enjoo, febre, moleza e fraqueza são os sintomas mais comuns da doença que é uma das principais causas de câncer no fígado. As hepatites virais, patologias infectocontagiosas provocadas por diferentes vírus, dentre os quais o A, B e C, que merecem mais destaque. Para alertar a população sobre a importância da luta e prevenção contra a doença, o Ministério da Saúde intitulou o sétimo mês do ano como o Julho Amarelo, campanha de conscientização no combate aos vírus.
De acordo com o hepatologista do Sistema Hapvida Allan Rêgo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece essas infecções como um desafio para a saúde pública mundial e aponta que cerca de 60% dos casos de câncer de fígado são causados pelos tipos B e C. Segundo o especialista, o vírus da hepatite A merece mais atenção por sua alta transmissão. Sua evolução, no entanto, costuma ser benigna na grande maioria dos casos. Já os vírus B e C são doenças silenciosas, que podem evoluir para cirrose e câncer do fígado.
A transmissão do vírus da Hepatite do tipo A acontece pela exposição a fezes através de água e alimentos contaminados. A infecção pelo vírus da Hepatite B ocorre por meio do ato sexual, mas também pode ser transmitida por via vertical, ou seja, no momento do parto, passando da mãe para o recém-nascido. Já a transmissão do vírus da Hepatite C se dá, predominantemente, por via parenteral, isto é, através do contato com sangue ou derivados. Conforme o médico, todas as pessoas acima de 40 anos devem fazer o teste anti-HCV pelo menos uma vez na vida, além de manter atualizada a caderneta de vacinação para as hepatites A e B. Esta última está disponível na rede pública para indivíduos de até 49 anos.
Conforme Allan, o tratamento da Hepatite A não exige uma medicação específica. Normalmente os pacientes evoluem bem e o organismo elimina o vírus. As hepatites B e C, quando crônicas, devem ser tratadas com medicamentos específicos, disponíveis pelo SUS. “Especialmente para a Hepatite C, os novos esquemas de tratamento conferem taxas de cura que se aproximam de 100%”, afirma o médico.
O hepatologista ainda faz um alerta sobre as principais medidas de controle das hepatites virais B e C, que são aquelas de transmissão sexual e parenteral (sangue e derivados). Em relação à hepatite B, a orientação é se vacinar, porque, obviamente, dessa maneira, estaremos nos protegendo, além de adotar o hábito de utilizar preservativos durante as relações sexuais. Sobre a hepatite C, o médico destaca a importância do conhecimento prévio da segurança dos procedimentos aos quais está sendo submetido. “Ao ir ao salão é necessário levar o seu kit (tesourinha, alicate, lixa de unha). O ideal é que seja tudo próprio, cada indivíduo deve ter o seu. As agulhas e seringas devem ser descartáveis, e aqueles que desejam fazer tatuagens ou colocar piercings devem procurar locais seguros e profissionais qualificados”, ressalta o médico.
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