Preocupação, medo e tensão tomam conta dos atletas brasileiros na Ucrânia. Jogadores do Shakhtar Donetsk e Dínamo Kiev, juntos com seus familiares, publicaram um vídeo na manhã desta quinta-feira (24) nas redes sociais, pedindo ajuda do governo brasileiro para deixarem o país europeu. Segundo o zagueiro Marlon, porta-voz do grupo, as fronteiras do país estão fechadas e o momento é de apreensão.
“Fala, galera. Estamos todos reunidos, jogadores do Dínamo e do Shakhtar, com nossas famílias, e estamos esperando em um hotel devido a toda a situação. Estamos aqui pedindo a ajuda de vocês para promover esse vídeo por conta da falta de combustível na cidade, fronteira fechada, espaço aéreo fechado, então não tem como sairmos. A gente pede muito apoio ao Governo do Brasil, que possa nos ajudar, e espero que vocês possam nos ajudar a promover esse vídeo e alcançar o maior número de pessoas possível”, conta um dos jogadores.
“Nós, mulheres, estamos com os filhos, com as crianças, e estamos nos sentindo um pouco abandonadas, pois não temos o que fazer, não sabemos o que fazer. As notícias não chegam até nós, a não ser as do Brasil, e a gente faz um apelo até por conta das crianças. Cada um saiu de suas casas correndo para o hotel, cada um com uma peça de roupa. Não sabemos se vai ter comida, então a gente queria tentar pedir ajuda para resolver a nossa situação”, relata uma das mulheres do grupo.
A Rússia decidiu invadir e atacar militarmente a Ucrânia hoje [veja aqui]. O Exército Russo afirmou que os ataques têm como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Rússia lançou operação em larga escala. Foram registadas nesta quinta-feira fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev.
A Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo para a aviação civil. Em comunicado, o ministério ucraniano das Infraestruturas justificou a decisão alegando “elevado risco para a segurança” do setor.
O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a operação militar afirmando que esta se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Luhansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira (21).
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