Saúde
Janeiro Roxo: dermatologista esclarece sobre prevenção e tratamentos da hanseníase
Bahia apresenta diminuição de casos nos últimos anos, mas doença ainda exige cuidados.
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RedaçãoDe acordo com o Ministério da Saúde, todos os anos o Brasil registra cerca de 30 mil novos casos de hanseníase, o equivalente a cerca de 93% de todos os casos das Américas. Na Bahia, desde 2020, há uma redução significativa nos casos.
Em boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado, foram notificados 1.393 casos novos de hanseníase, atingindo um coeficiente de detecção anual de 9,33/100.000 habitantes. Acredita-se que essa redução foi extremamente influenciada pelo cenário de pandemia e promoção de cuidados maiores com a higiene pessoal.
A dermatologista da clínica IBIS Daniele Pereira explica por que isso ocorre. “A transmissão da hanseníase ocorre pelo contato com gotículas contendo a bactéria responsável pela doença. Elas são eliminadas pela tosse, fala ou espirro. Assim, com o aumento do uso de máscaras, orientações para manter o distanciamento físico e higienização das mãos, houve uma consequente redução da propagação”, explica.
Sintomas e prevenção
A hanseníase é uma patologia que age de forma lenta no organismo, com período de incubação (tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção) de dois a sete anos. Os sintomas da doença dependem de como o sistema imune do individuo reage à presença da bactéria no organismo, podendo aparecer manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda da sensibilidade térmica, redução no tato e perda dos pelos do local. Quando o nervo de uma área é atingido, pode ocorrer formigamento, dormência e dificuldade de realizar movimentos como levantar o pé.
Devido ao desconhecimento e discriminação, os casos são diagnosticados tardiamente, o que gera aumento dos níveis de transmissão e sequelas.
“As ações para diagnóstico precoce visam a redução da transmissão da bactéria e prevenção de incapacidades. Ao iniciar o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença, evitando que mais pessoas se contaminem e possam apresentar sintomas. Quanto mais cedo a medicação for iniciada, a inflamação dos nervos (neurite) pode ser reduzida, antes do desenvolvimento de alterações permanentes nas áreas acometidas. Uma vez instaladas, elas são irreversíveis e ocorre prejuízo também na função, como deformidades nas mãos, levando à dificuldade de segurar objetos”, esclarece Daniele.
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