Saúde
Janeiro Roxo: campanha chama atenção para combate da hanseníase
O Brasil ocupa o segundo lugar na relação de países com maior número de casos no mundo.
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RedaçãoIntitulada de Janeiro Roxo, a campanha de conscientização e combate à hanseníase visa chamar a atenção da população para os sintomas, diagnóstico precoce e tratamento dessa doença crônica e infectocontagiosa causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil ocupa o segundo lugar na relação de países com maior número de casos no mundo, ficando atrás apenas da Índia.
De acordo com a dermatologista do Sistema Hapvida Érica Sales, essa doença é muito frequente na Bahia, sobretudo em Salvador. Em dezembro de 2021, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou na capital baiana 222 casos da doença em adultos e 11 em crianças.
A hanseníase é uma doença silenciosa, e por isso as pessoas devem estar atentas aos primeiros sinais de alerta, como manchas brancas sem descamação ou coceira e manchas avermelhadas e com dormência local, que podem aparecer no corpo em quantidades variáveis.
A transmissão acontece por meio de fluidos corporais, tanto da pele quanto respiratórios. Segundo a especialista, diferente da gripe, a contaminação dessa patologia não se dá apenas a partir de uma exposição. “Para que a infecção aconteça, o indivíduo precisa ter um convívio direto e frequente com o ambiente ou com a pessoa que está com a enfermidade”, afirma.
Diagnóstico e tratamento
A médica ainda ressalta que qualquer indivíduo, desde crianças a idosos, pode ser acometido pela doença. No entanto, muitas pessoas não sabem que estão infectadas e não buscam ajuda. Por esse motivo, a Dra. Érica reforça a importância de prestar atenção aos sinais emitidos pelo corpo e do diagnóstico precoce, uma vez que as sequelas desencadeadas pela hanseníase podem causar uma atrofia muscular tão grande que levam o indivíduo a ficar com os membros deformados, perder força e movimento, além de sofrer alterações no rosto, com a pele mais grossa e endurecida.
“Muitos pacientes têm traumas locais, porque perdem a sensibilidade na região. A pessoa queima a mão ou fura o pé sem perceber muito facilmente. Como consequência, vem uma contaminação bacteriana e outros tipos de problemas”, declara Sales, alertando que, ao perceber manchinhas na pele, principalmente as brancas, o indivíduo deve procurar imediatamente o serviço de dermatologia.
É preciso destacar que a hanseníase tem cura. A partir do momento que o especialista faz o diagnóstico da doença, o paciente é encaminhado para órgãos específicos do governo para o tratamento completo e gratuito contra a enfermidade. “Basta procurar o Programa de Controle da Hanseníase mais próximo e iniciar o tratamento adequado, sem deixar esta doença passar despercebida”, finaliza a médica.
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