Economia
Inflação de abril na RMS foi novamente puxada pelos alimentos; grupo teve maior aumento médio em dois anos
A alimentação em casa ficou mais cara do que a alimentação fora.
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RedaçãoEm abril, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que ficou em 0,67%, foi resultado de aumentos nos preços médios em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso é o que mostra pesquisa publicada hoje (11) pelo IBGE.
Com o maior aumento entre os grupos e o mais elevado em dois anos, desde abril de 2020, alimentação e bebidas (2,22%) foi o setor que exerceu a principal pressão inflacionária no mês. Houve altas importantes tanto nos alimentos consumidos em casa (2,64%) quanto na alimentação fora (0,95%), com peso maior do primeiro grupo.
Entre os alimentos, o pão francês (4,4%) teve a maior contribuição para a alta geral da inflação de abril na RMS, seguido pelo tomate (10,59%), que registrou o maior aumento médio entre todos os produtos e serviços que formam o IPCA. Outros itens de consumo importantes do dia a dia também aumentaram significativamente, a exemplo do leite longa vida (6,92%), do óleo de soja (8,87%), da batata-inglesa (10,2%) e da cebola (8,36%).
Outra pressão inflacionária importante de abril, na Região Metropolitana de Salvador, veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,42%), que registrou seu maior aumento médio em três anos, desde abril de 2019, quando havia sido de 1,64%. A alta foi resultado principalmente do reajuste nos preços dos medicamentos, autorizado em 1º de abril, que se refletiu num IPCA de 4,9% para os produtos farmacêuticos em geral. O índice foi puxado pelos remédios contra hipertensão e colesterol alto (hipotensores e hipocolesterolêmicos, 3,8%) e pelos analgésicos e antitérmicos (4,55%).
Embora o grupo habitação tenha mostrado uma estabilidade média de preços em abril (0%), veio dele a principal pressão inflacionária individual do mês na RMS: o gás de botijão, com aumento de 5,03%.
Os dois grupos com queda média dos preços em abril, segundo o IPCA, foram transportes (-1,14%) e educação (-0,01%). A gasolina (-3,9%) teve a maior contribuição individual no sentido de segurar a inflação de abril na RMS. As deflações na energia elétrica (-3,41%) e nas passagens aéreas (-8,14%) também foram influências importantes na desaceleração do IPCA no mês.
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