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Hemoba Camaçari faz alerta para baixo número de doadores de sangue tipo negativo
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Beatriz SantosMovido pela solidariedade dos baianos, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) faz um alerta quanto aos baixos estoques de bolsas de sangue em todas as 24 unidades estaduais. Em Camaçari, a unidade instalada há 15 anos no Hospital Geral (HGC), também precisa subir o número de doadores, principalmente para estabilizar as transfusões no período de carnaval.
A responsável pelo setor de captação de doadores, Ariane Santos, trabalha na unidade há oito meses e conta que só nas últimas semanas o número de doadores no município apresentou queda ainda sem número exato. No ano passado a unidade registrou queda de 0,78%. Apesar do índice parecer baixo, essa queda afeta as centenas de pessoas que aguardam nos hospitais da cidade e Região Metropolitana.
Ariane ressalta a importância de obter mais coletas de sangue de tipos negativos por serem os mais raros. “Já tivemos períodos que os tipos positivos, que são os mais comuns também estarem em falta, mas os tipos RH negativos são mais complexos. Mas hoje posso dizer que está tudo muito difícil”, fala.
Santos revela que no ano passado cerca de 4.276 pessoas se candidataram no banco de Camaçari. Apesar disso, a assistente explica que esse número não significa a quantidade de doadores, já que existem uma série de procedimentos para avaliar o estado de saúde do paciente.
A faixa etária dos maiores doadores variam entre 29 e 55 anos, baseado nisso, ela afirma que a pretensão é aumentar a porcentagem de jovens doadores. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 3 milhões de pessoas precisam fazer uma transfusão de sangue por ano no Brasil e apenas 1,9% da população é doadora. O país conta com 500 centros de coletas e 27 hemocentros, baseado nisso, a OMS alega que para manter os estoques dos bancos de sangue com a quantidade necessária para todo o território nacional, seria preciso apenas que 3% dos brasileiros fossem doadores.
Mas para aumentar o número de doadores, Ariane Santos defende maior incentivo e ampla informação sobre a doação de sangue na cidade. Ela diz que se depara com muitas pessoas que não têm conhecimento da unidade no HGC.
Além de muitas pessoas ainda não saberem do nosso trabalho, tem aquelas que têm medo de doar. Existem pessoas que até acham bonito o ato de doar sangue, mas passam-se os dias e quem tem desejo de doar não doa. Eu percebo também que existe um tabu social sobre isso. Muitas vezes as unidades super lotam, mas geralmente são em casos de grande repercussão na mídia ou quando acontece acidentes de grande porte com alguém próximo ou pessoas da família. A gente percebe também que o aumento das doações é de período, às vezes está bom, às vezes essa taxa cai, afirma.
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Os menores de 18 anos precisam ter o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. É preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. No dia da doação, é preciso levar documento de identidade com foto.
“O candidato antes de fazer a coleta passa por uma entrevista com o médico ou enfermeira para avaliar algumas questões voltadas para a saúde do doador. Em seguida é avaliado a taxa de ferro no sangue através da triagem hematológica ( o chamado teste rápido da anemia) e se estiver tudo certo nessas duas etapas a pessoa realiza a doação de sangue. É importante lembrar que antes da bolsa de sangue ser liberada para transfusão serão feitos os testes de triagem para 5 tipos de doenças transmissíveis pelo sangue”, explica.
Ariane esclarece dúvidas para pessoas que consomem álcool, são fumantes ou tatuadas. “As pessoas que têm tatuagens ou piercing devem esperar exatamente um ano para poder se candidatar para doar sangue. Isso porque, não temos conhecimento do material usado na pele. Já no caso dos fumantes podem doar com até duas horas sem fumar e consumidores de álcool, para se candidatar à doação eles precisam estar, pelo menos, 12 horas sem nenhum tipo de substâncias químicas, isso também serve para usuários de THC (maconha)”.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
O Hemoba Camaçari conta com 12 profissionais e atende outras 12 unidades espalhadas nas redondezas: Hospital Maternidade Maria Luiza Laudano em Pojuca; Hospital Municipal Albino Leitão em São Sebastião do Passé; Hospital Municipal Dilton Bispo, UPA Lucas Evangelista e Promater em Dias d’Ávila; Nefrovita, em Lauro de Freitas; Hospital Municipal Dr. Eurico Goulart e Sermege, Hospital de Camaçari, Semed, Centro Médico e Nefrovita em Camaçari.
Os atendimentos acontecem de segunda a quinta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h, e às sextas-feiras das 8h às 12h. O centro também realiza coleta um sábado por mês, atendendo grupos de pessoas que agendam a doação. No local também é possível realizar cadastro para ser doador de médula óssea.
Veja a tabela de estoque de sangue na Bahia:
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Anderson
7 de setembro de 2019 at 07:42
Eu nunca doei sangue na minha vida e tinha você tem vontade tenho de doar sangue e eu quero ajudar também a doar sangue e a salva-vida eu vou me inscrever a própria palavra de Deus diz amar o próximo como a si mesmo