Fundo Russo pede 48 horas para decidir se enviará Sputnik V ao Brasil

O prazo para a chegada da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, voltou a ser incerto. Em reunião com governadores do Consórcio do Nordeste nesta quarta-feira (21), o Fundo Russo Krill Dmitriev pediu um prazo de 48 horas para decidir se enviará ou não os imunizantes ao Brasil.

Segundo o Consórcio do Nordeste, a justificativa é de que o Ministério da Saúde tem demonstrado que não vai incluir a Sputnik V no Plano Nacional de Imunização (PNI). O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou em entrevista coletiva na tarde de ontem que a pasta vai apresentar uma plataforma feita em parceria com a iniciativa privada “que mostra que esses números [de doses da Covaxin e SputniK] vão trazer muito pouco benefício na aceleração da campanha de vacinação”.

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Ainda de acordo com Queiroga, as vacinas não devem entrar no PNI porque o Brasil já garantiu 600 milhões de doses de outros imunizantes contra a Covid-19.

A Covaxin e Sputnik V enfrentam dificuldades para serem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em junho, a Anvisa liberou as vacinas para uso emergencial, mas com uma série de restrições, e autorizou aos estados que importassem apenas o quantitativo suficiente para vacinar até 1% da população.

Na terça-feira (20), o Consórcio do Nordeste havia anunciado a previsão da chegada de 1.145.000 doses para o dia 28 de julho, próxima quarta-feira, no aeroporto de Recife.

“Ainda não podemos definir a data de chegada da #Sputnik na #Bahia. A Anvisa impôs uma série de obstáculos. É um negócio incompreensível, de causar indignação”, criticou o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pouco antes da reunião. O estado aguarda a chegada do primeiro lote, com 300 mil doses, que integra o contrato de aquisição de 10 milhões de vacinas (saiba mais).