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Ford anuncia programa de demissão voluntária na fábrica de Camaçari
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RedaçãoDepois de revogar a demissão de cerca de 700 trabalhadores, em acordo firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a Ford abriu o programa de demissão voluntária (PDV). O plano está valendo desde segunda-feira (8) e encerrará no dia 26 de abril.
Conforme comunicado interno emitido pela Ford, a medida visa adequar, de forma definitiva, o excedente de mão de obra gerado devido ao rebanlaceamento da linha de produção, que a montadora aponta ser consequência da atual demanda do mercado.
Segundo a empresa, os empregados de chão de fábrica em Camaçari, ligados diretamente à produção dos automóveis, que aderirem ao PDV receberão pagamento das verbas rescisórias legais, incluindo multa de 40% do FGTS sobre os saques efetuados na vigência do contrato de trabalho; indenização adicional de R$ 35 mil e manutenção do plano médico até o final do mês efetivo de desligamento.
Crise
A Ford em Camaçari produz o Ka nas versões hatch e sedan, e o EcoSport. A unidade tem a capacidade de produzir cerca de 250 mil por ano e emprega 7,7 mil trabalhadores diretamente e 77 mil indiretamente.
Após o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), o Complexo Industrial Ford Nordeste se tornou o principal polo de produção da marca na América do Sul. Em São Paulo a companhia fabricava caminhões – Cargo, F – 4000 e F – 350 – e carros do modelo Fiesta.
A Ford quer retomar a força no mercado com a produção de SUVs e picapes, saindo do mercado sul-americano de caminhões. O médio Focus e o Fusion também devem parar de ser produzidos em território brasileiro nos próximos anos.
No Brasil, além da planta de Camaçari, a Ford mantém uma unidade em Taubaté e outra em Tatuí, ambas em São Paulo, que se destacam pela fabricação de motores e utilização de campo de provas para teste de veículos da marca, respectivamente.
No primeiro trimestre de 2019, a Ford reduziu a sua participação no mercado, que antes era em torno de 9%, para 8,3%. Sendo assim, a montadora perdeu a 4ª colocação para a Renault e ainda há chances de também ser ultrapassada pela Toyota.
O CEO global da Ford, Jim Hackett, estima corte de até UU$ 25,5 bilhões em custos até 2022, com ampliação da margem de lucro para 8%. Para este ano, a empresa projetou perdas na América do Sul, que provocariam impacto de até UU$ 700 milhões, mais de R$ 2 bilhões.
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