O Centro Histórico da capital baiana recebe até o próximo domingo (4) um evento inédito criado para fortalecer a economia criativa, música, audiovisual, afroturismo e políticas antirracistas: o Festival Salvador Capital Afro.
A atração, que inicia nesta quarta-feira (30), teve a programação divulgada pelo prefeito Bruno Reis (União) e pelo subsecretário da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Érico Mendonça, em solenidade no Cine Metha Glauber Rocha, na Praça Castro Alves. O Festival foi aberto com a apresentação do Coral Ecumênico da Bahia.
O prefeito entende o Festival Salvador Capital Afro como uma grande oportunidade de divulgação da cidade como berço da negritude no Brasil e capital mundial da cultura afro fora de África. “Dentro de nossa estratégia de valorização de Salvador no Brasil e no mundo, focamos naquilo que é mais importante, como a nossa história e cultura. Essa é a cidade mais negra fora da África, e por isso mesmo, a capital afro do Brasil. Devido a isso, realizamos este primeiro Festival Afro para estimular o afroempreendedorismo, o turismo e a cultura afro. Para tanto, trouxemos atores nacionais e internacionais que vão nos ajudar na promoção de nossa cidade, bem como na discussão de políticas antirracistas”.
Nesses cinco dias, o festival contará com shows, apresentações de experiências e manifestações artísticas locais, e proporcionará ações de relacionamento e diálogo nas esferas da política pública, econômica, educacional e cultural, visando alavancar o afroempreendedorismo e o fortalecimento do trade turístico afro. A programação completa do festival pode ser acessada no site oficial (acesse aqui).
“A gestão municipal trabalhou de forma transversal, com compromisso conjunto de todas as secretarias, em um objetivo comum que culminou nesse festival. O Salvador Capital Afro é direcionado ao turismo, e, a partir daí, implantamos um plano voltado à cultura étnica. Essa iniciativa mostra toda a potencialidade do povo negro de Salvador, assim como sua diversidade. Este festival responde ao Estatuto Municipal de Promoção da Igualdade Racial, no Eixo Turismo”, explica a titular da Semur, Ivete Sacramento.
Transformação
Durante o evento, serão promovidos encontros entre grandes especialistas locais, nacionais e internacionais para debater estratégias antirracistas e apresentar iniciativas de conexão entre empresas, investidores e consumidores por meio de rodadas de negócios, mentorias, oficinas, feira e muito mais.
“Esse festival é uma ferramenta de transformação econômica e cultural. O nosso foco não é apenas o entretenimento, mas principalmente a movimentação da economia local, impulsionando, valorizando e fortalecendo os negócios das pessoas que fazem o dinheiro da cidade rodar, que são os afroempreendedores”, destacou o subsecretário da Secult, Érico Mendonça.
O Salvador Capital Afro é uma ação da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), no âmbito do Prodetur Salvador, em parceria com a Secretaria da Reparação (Semur).
O projeto tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é mais uma ação implementada do Plano de Desenvolvimento do Turismo Afro em Salvador.
“Este festival é uma oportunidade para termos orgulho de nossa cultura e de nossa história, em especial dessa nova história como capital antirracista. Estamos fazendo história implantando políticas públicas de reparação, e, com isso, nos orgulhando do nosso povo preto e de nossa ancestralidade”, declarou a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT).