Esporte
Fé, religião e discriminação no futebol
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Fabio SenaEm um fim de semana marcado pela canonização de Irmã Dulce como santa para o povo católico, o futebol também promove seus santos através do desempenho dos atletas e das histórias que são construídas nos clubes brasileiros. Além disso, a relação torcedor x clube em alguns casos é mais forte do que a relação com sua religião.
Nesse embalo da criação de santidade, Jordy Caicedo tem se colocado a disposição para ser lembrado como ídolo e também um dia, quem sabe, como um santo rubro negro. Bem verdade que não deixar o Vitória cair para a série C não pode ser considerado um milagre e sim apenas a obrigação de um clube centenário com uma história tão linda e repleta de belas conquistas.
O Vitória venceu as duas últimas partidas e saiu da incômoda zona de rebaixamento. Geninho parece ter encontrado um modelo de jogo que se não é tão belo de assistir pelo menos tem sido efetivo nas últimas partidas. Após vencer o Oeste no Barradão, o clube venceu o Cuiabá fora de casa. O próximo desafio é contra o Criciúma, um confronto direto na briga para não cair. Para partida desta terça-feira (15) o meia Felipe Gedoz, um dos destaques da equipe, ainda é dúvida. É esperar que o time siga no embalo dos bons resultados.
No Tricolor, a equipe perdeu para o Fluminense por 2 a 0 no Maracanã e viu os adversários na briga por vaga na Libertadores 2020 vencerem seus jogos. São Paulo e Grêmio mostraram que vivem bons momentos na competição e são fortes candidatos a se firmarem no G-6. O próximo adversário do Tricolor é justamente o Grêmio, em Porto Alegre na quarta-feira (16). Na partida contra o Fluminense, apesar de um bom volume de jogo e muitas chances criadas, a equipe falhou nas finalizações e não conseguiu furar a barreira do tricolor carioca. O Bahia precisa voltar a vencer para manter vivo o sonho da libertadores em 2020.
Ao final da partida o técnico Roger Machado ao ser perguntado se existe preconceito racial no futebol, deu uma verdadeira aula sobre intolerância e discriminação no país. Roger e Marcão, técnicos do Bahia e Fluminense, respectivamente, são os únicos treinadores negros a comandar equipes na série A. Demonstrando um verdadeiro contraste em um país de maioria negra e que ainda assiste a uma separação racial velada e com poucos avanços ano após ano. Que o discurso de Roger possa ecoar pelos quatro cantos do mundo e mudar essa triste realidade, afinal não é só o futebol que convive com isso.
Fabio Sena é administrador de empresas com pós-graduação em Gestão da Produção. Camaçariense com muito orgulho e fanático por futebol. Escreve todas as segundas-feiras. @equipegolfc, jornalismo@destaque1.com
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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