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Familiares lutam para mudar certidão de óbito de idosa que não morreu por Covid-19
“Minha mãe foi enterrada de camisola, dentro de um saco preto. Não pudemos fazer o funeral e minha mãe nem estava com a Covid”, lamenta a filha.
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RedaçãoA família de uma idosa de Camaçari trava uma batalha para modificar a certidão de óbito da anciã, que faleceu em janeiro deste ano, após dar entrada com falta de ar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Gleba A.
De acordo com o Camaçari Notícias, uma moradora da cidade fez contato com a redação do veículo para contar o ocorrido. No documento emitido pela unidade de saúde, a causa da morte foi apontada como insuficiência respiratória, Covid-19, AVC, porém o exame realizado na paciente teve o resultado negativo para o coronavírus.
Segundo os familiares, o material foi colhido para o exame que detecta a Covid-19, porém a idosa faleceu poucas horas depois de dar entrada na unidade e o resultado do exame só ficou pronto dias depois.
Uma das filhas da idosa procurou um médico na UPA para buscar orientações sobre a mudança na certidão, mas ele teria explicado que isso só poderá ser feito na Justiça, pois somente um juiz pode enviar uma liminar para o cartório realizar a alteração.
“Minha mãe foi enterrada de camisola, dentro de um saco preto. Não pudemos fazer o funeral e minha mãe nem estava com a Covid”, lamenta a filha.
Ela conta ainda que o médico da UPA explicou que o fato de o profissional ter emitido o laudo, apontando que a paciente morreu de insuficiência respiratória, tendo como a provável causa a Covid-19 ou AVC, deve-se à orientação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) de que a todo paciente que apresente esse quadro seja sugerido o diagnóstico de Covid-19, como forma de preservar a família e a equipe médica que estejam atendendo aquele enfermo.
Agora, a família busca reparação pela dor de não ter podido realizar uma despedida digna para a mãe, esperando que pelo menos a certidão de óbito possa ser modificada, já que ela não foi contaminada pelo coronavírus.
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