Expectativa X realidade nos primeiros meses da dupla BaxVi

Um início de temporada muito aquém da expectativa dos torcedores da dupla BaxVi. Resultados desastrosos, contratações que até então entregaram o prometido, troca de treinador e cobrança da torcida no aeroporto, esse é o breve resumo dos dois primeiros meses do ano de Bahia e Vitória.

No lado tricolor, o ano começou com muita expectativa com a SAF, o Grupo City chegou e trouxe com ele um recorde de investimento em contratações para a temporada. Aliado a isso, o retorno à série A fez subir a régua da torcida.

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Porém, dentro de campo, o resultado ainda não veio. O tricolor ainda não conseguiu encontrar a formação ideal, não vem apresentando um futebol vistoso, como prometido pelo seu treinador e vem acumulando decepções.

Na última quarta, uma derrota humilhante por 6 x 0 contra o Sport, fez explodir o caldeirão tricolor. No retorno à Salvador, protestos no aeroporto e gritos de ordem para alguns jogadores específicos. A lua de mel da SAF tricolor acabou e com ela a paciência de uma torcida apaixonada que busca novos rumos e uma subida de nível na prateleira do futebol nacional.

É importante ressaltar que é um início de trabalho e a equipe está ainda em formação. No futebol, não existe mágica. Bons resultados são fruto de trabalhos árduos. Achar que o projeto é falido com apenas dois meses é bastante precoce, porém, é preciso reavaliar o plano, corrigir a rota rápido e encontrar soluções a médio prazo. Afinal, os campeonatos nacionais já, já irão começar e lá não haverá espaços para o erro.

No lado rubro-negro a expectativa era real após um acesso à série B quando as chances eram bastante remotas. A confiança dos torcedores em seu treinador no início da temporada era alta, porém sucumbiu em menos de um mês.

As atuações ruins e derrotas para times pequenos do interior no Campeonato Baiano, fizeram com que João Burse fosse demitido. Esse fato parece ser mais um da série: coisas que só acontecem com o Vitória.

Essa postura de demissões de treinadores tem sido uma prática dos dirigentes nos últimos anos, como uma espécie de panos quentes aos problemas do clube e a incompetência das gestões rubro-negras.

Em campo a mudança de treinador mais uma vez não surtiu o efeito desejado.

O clube está virtualmente eliminado na primeira fase do Campeonato Baiano pelo quinto ano seguido e, pior, com a mudança na fórmula da Copa do Brasil, o clube corre o sério risco de perder uma das maiores fontes de receitas do futebol brasileiro em 2024.

No Campeonato do Nordeste, a última derrota em casa de virada diante do Náutico, colocou a equipe na vice lanterna do seu grupo e com chances remotas de passar para a segunda fase.

O alerta está ligado, o grande objetivo do ano é o retorno para divisão da elite do Brasil. Porém, será necessário reforçar muito o elenco rubro-negro que é bastante limitado de qualidade técnica.

A esperança do futebol baiano é que ainda estamos no mês de fevereiro. E se na Bahia o ano só começa após o carnaval, é sinal que ainda existe tempo para recomeçar a sonhar.

Fabio Sena é administrador de empresas com pós-graduação em Gestão da Produção. Camaçariense com muito orgulho e fanático por futebol. @equipegolfc

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