Saúde
Estudo aponta que vacina contra HPV pode beneficiar mulheres já infectadas
Atualmente, o imunizante está disponível no SUS para pessoas de 9 a 14 anos.
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RedaçãoConforme afirmou a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife, mulheres infectadas pelo vírus HPV podem se beneficiar da vacina, sem restrição de idade. Atualmente, o imunizante está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
Levi salientou que alguns estudos recentes apontam que mesmo mulheres adultas que já contraíram HPV podem ser beneficiadas pela vacina. De acordo com a literatura médica, já forma registrados mais de 200 subtipos do vírus, sendo quatro deles os principais responsáveis no surgimento de cânceres dos tipos colo de útero, ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe. Entretanto, o que as pesquisas procuram mostrar ainda é que uma paciente que contraiu um subtipo pode se proteger por meio da vacina contra outros subtipos que, ocasionalmente, poderiam provocar as patologias.
“As conclusões são que mulheres adultas permanecem sob risco de adquirir novas infecções por HPV e que as vacinas contra o vírus são seguras e eficazes também em mulheres de meia-idade”, pontuou a presidente da SBIm.
Levi também reforça que a imunização pode reduzir as chances de reaparecimento em pessoas que já trataram lesões causadas pelo vírus. “A vacina contra o HPV também previne a reinfecção de mulheres com infecção prévia e protege de recidivas pós-tratamento de lesões”, finaliza.
HPV
O Ministério da Saúde reforça que o papilomavírus humano (HPV) não apresenta sinais ou sintomas na maioria das pessoas. Assim, o vírus acaba por ser transmitido de forma silenciosa, pelo fato de a pessoa desconhecer que contraiu a infecção. Em alguns casos, a infecção pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais visíveis ou apresentar manifestações subclínicas, isto é, detectáveis por exames.
Vale frisar que o HPV é uma infecção sexualmente transmissível e se dá pelo toque direto com a pele ou com a mucosa infectada, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Também pode haver transmissão da mãe para o bebê durante o parto.
Após a infecção, as primeiras manifestações podem surgir, aproximadamente, entre dois e oito meses. Contudo, pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal visível. Os sintomas são mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. Em mais de 90% dos casos, os sinais regridem espontaneamente.
No caso do surgimento de lesões clínicas, elas apresentam-se como verrugas na região genital, no ânus e na boca. São tecnicamente denominados condilomas acuminados e conhecidas popularmente como crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou elevadas e sólidas. Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Na maior parte dos casos, essas lesões são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Já as lesões subclínicas podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais ou sintomas. Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como área dos olhos e mucosas nasal, oral e laríngea.
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