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Estresse na pandemia intensifica queda de cabelo, alerta especialista
A ansiedade e o estresse provocam também outros tipos de compulsão que podem gerar problemas dermatológicos.
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RedaçãoSituações de estresse provocadas pela pandemia do coronavírus, assim como novos hábitos adotados para combater a disseminação do vírus, refletem em aumento significativo de queixas dermatológicas na população. Três das principais reclamações estão relacionadas à acne, queda de cabelo e dermatites (inflamações na pele que causam coceira e vermelhidão, podendo gerar pequenas bolhas e descamação). A pele é um órgão conectado ao sistema nervoso do corpo e, portanto, pode ser afetada por situações estressantes.
A dermatologista Maísa Pamponet, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, conta que mais recentemente percebeu entre os pacientes o aumento de queixas de problemas dermatológicos.
De acordo com ela, a queda de cabelo mais comum em situações de estresse é conhecida como Eflúvio Telógeno, e pode ocorrer por estresse físico ou mental. A queda acontece quando há uma aceleração da fase de involução do fio, explica a médica. “Os fios normalmente passam por uma fase de crescimento do pelo, depois uma fase de repouso e, por fim, uma fase de involução para a queda do cabelo. Em situações de estresse essa última fase pode ser adiantada, por isso o cabelo cai em uma quantidade maior. Pode ser provocado por estresse psicológico ou físico – neste caso quando o paciente passou por alguma cirurgia, alguma virose, febre ou outros problemas de saúde“, afirma.
As queixas de acne também aumentaram nesse período. A médica ressalta que o estresse e a ansiedade desregulam os hormônios, o que contribui para o surgimento das espinhas. Além disso, há uma tendência de que pessoas ansiosas aumentem o consumo de doces, o que pode provocar surgimento da acne. Quando há o hábito de cutucar a pele, pode ocorrer a escoriação neurótica, que geralmente tem origem também no comportamento ansioso. A médica percebeu ainda o aumento dessas lesões em regiões como queixo e ao redor da boca. Outras queixas mais comuns nesse período foram as lesões por atritos e traumas no dorso nasal, relacionadas ao uso de máscaras muito apertadas.
A ansiedade e o estresse provocam também outros tipos de compulsão que podem gerar problemas dermatológicos. É o caso da tricotilomania (comportamento caracterizado pelo impulso de arrancar cabelo) ou da onicofagia — o hábito de roer unhas, que provoca lesões ao redor dos dedos.
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