O pré-candidato a governador da Bahia ACM Neto (DEM/UB) voltou a falar sobre a nacionalização das eleições estaduais e afirmou nesta terça-feira (16) que o cenário político nacional não interfere no pleito ao Palácio de Ondina.
“Eu não tenho dúvida que o eleitor baiano tem muito claro que cada coisa é uma coisa. A eleição para presidente é uma, a eleição para governador é outra. A gente inclusive vê isso nas pesquisas internas que o nosso partido vem fazendo, tanto as qualitativas como as quantitativas. Não dá pra querer reduzir apenas à influência nacional a explicação dos resultados de todas as últimas eleições na Bahia. Essa ideia de que vem alguém de fora colocar a mão e eleger (governador) é coisa do passado”, disse em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio NovaBrasil FM.
ACM Neto aparece com larga vantagem frente ao senador Jaques Wagner (PT). Porém, quando a imagem do petista é associada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele se aproxima do democrata. Em busca da chamada terceira via, o ex-prefeito de Salvador ainda não tem nenhum nome associado ao seu para disputar a presidência da República.
O político aproveitou para provocar o adversário. “Quando a gente olha, nem sente no próprio senador Jaques Wagner essa empolgação toda para ser governador, pelo menos essa é a impressão que a gente sente de fora. Então por que não dar oportunidade para alguém que está com muita vontade, que está cheio de disposição, quer trabalhar pra valer?”, frisou.
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Durante a entrevista, ACM Neto ainda sinalizou que vem recebendo apoio de prefeitos de diversos partidos da base do governador Rui Costa (PT). “Eu diria que em mais de 90% dos municípios da Bahia hoje, nós já temos um grupo político organizado e bem selecionado e pessoas prontas para entrarem em campo no próximo ano. Em relação a prefeitos da mesma forma. A gente vem recebendo o apoio de prefeitos de diversos partidos da base do atual governo. Eu acho que a tendência em relação a esses movimentos é que amplie”, falou.
Neto lançará sua pré-candidatura a governador no dia 2 de dezembro, em evento no Centro de Convenções de Salvador. Após lançar a pré-candidatura, o político afirmou que vai dar início ao diálogo com os partidos de sua base. “A minha prioridade vai ser a de iniciar a construção desse período com os partidos que estão conosco hoje. Eu, como sou um democrata, não vou deixar de conversar eventualmente com outros partidos, mas a prioridade vai ser na contração pelo campo político que hoje está ao nosso lado aqui na Bahia”, completou.
Como não há coligações proporcionais, o ex-prefeito da capital disse ainda que participará da organização das candidaturas a deputados dos partidos de sua base. “Com a nova regra eleitoral, em que não há coligação proporcional, fomentar candidaturas a deputados nesses partidos é fundamental. Então eu não vou me preocupar apenas organizar as chapas de candidatos a deputado do União Brasil, eu vou ter que me preocupar e dar uma força também para esses outros partidos que vão estar conosco”, salientou.
