Cultura e Entretenimento
Espetáculo ‘Cura’ da Cia de Dança Deborah Colker chega a Salvador
A apresentação será dentro do projeto Domingo no TCA.
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RedaçãoNo Mês Internacional da Dança o Teatro Castro Alves (TCA) recebe o espetáculo ‘Cura’, da Cia de Dança Deborah Colker, em duas sessões neste fim de semana. A apresentação é dentro do projeto Domingo no TCA, no próximo domingo (10).
Os ingressos custam R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia) e são vendidos apenas no dia do evento, no local, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.
Através da dança, “Cura” trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar limites, do enfrentamento à discriminação e ao preconceito.
Deborah Colker concebeu este projeto em 2017, inspirada na busca pela cura de Theo, seu primeiro neto, que tem epidermólise bolhosa distrófica recessiva. Mas foi só no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que ela definiu suas inspirações: Hawking, Theo, Jesus Cristo, Leonard Cohen e Obaluaê. Hawking tinha esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, e os médicos deram-lhe três anos de vida após o diagnóstico (ele tinha 21). Porém, superando suas limitações, o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física. Deborah percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. “Viver a cura do que não tem cura”, declarou a coreógrafa.
No palco, dores são mostradas, mas muita esperança, também. Deborah traz inspirações de sua viagem à Moçambique, durante a preparação do espetáculo. Decidiu incorporar ao enredo referências de três religiões monoteístas e elementos de culturas orientais, indígenas e africanas. “Cura” conta, logo no início, a história de Obaluaê – orixá da cura e da doença.
Carlinhos Brown foi inicialmente convidado para compor apenas o tema de Obaluê. Acabou criando praticamente toda a trilha, inclusive a canção inicial, dos versos “Traga meu sorriso para dentro” e “Sou mais forte do que a minha dor”. Ele canta em português, iorubá e até em aramaico. Os 14 bailarinos também cantam, em hebraico e em línguas africanas. É algo que acontece pela primeira vez nos 29 anos de história da companhia.
A dramaturgia é assinada pelo rabino Nilton Bonder, autor de “A Alma Imoral” e de vários outros livros. A cenografia é do diretor de arte Gringo Cardia, companheiro de Deborah em toda sua trajetória. Nos figurinos de Claudia Kopke, as pernas podem ter estilos bem diferentes, traduzindo o desequilíbrio que é um dos nortes do espetáculo. As apresentações contam com audiodescrição.
Este espetáculo tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministérios do Turismo. “Cura” também conta com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura. As sessões em Salvador têm apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Teatro Castro Alves.
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