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Especialista explica características e formas de prevenção da hipercolesterolemia familiar
A HF é uma condição genética que se caracteriza por níveis elevados de colesterol LDL.
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Mirelle LimaO Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado neste sábado (8), reforça a importância dos cuidados e tratamentos para o controle da doença. A cardiologista e ecocardiografista pediátrica, Naiara Galvão, que integra a equipe médica da Singular Medicina de Precisão, traz um alerta importante sobre a hipercolesterolemia familiar (HF): a enfermidade é considerada grave e responsável por problemas cardíacos em indivíduos jovens e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil, das quais menos de 10% têm o diagnóstico da doença.
A HF é uma condição genética que se caracteriza por níveis elevados de colesterol LDL, também conhecido como “colesterol ruim”. A doença pode levar a problemas cardiovasculares complicados, como infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais em jovens. Para Naiara Galvão, o diagnosticar a hipercolesterolemia familiar durante a infância é essencial. “O diagnóstico precoce é de fundamental importância para reduzir o impacto da HF sobre a morbimortalidade cardiovascular na população geral, reduzindo-se o risco de evento cardiovascular em idade prematura”, diz.
O diagnóstico pode ser baseado a partir de sinais clínicos, como taxas elevadas de colesterol LDL ou total, histórico familiar ou identificação de mutações genéticas que favoreçam o desenvolvimento da HF. Porém, a confirmação da doença é feita através de testes genéticos, sendo a ferramenta definitiva para constar a presença de hipercolesterolemia como traço familiar. “Recomenda-se um rastreio para determinação de níveis de colesterol total e LDL-c em todos os pacientes a partir dos 10 anos de idade ou a partir dos 2 anos de idade, caso haja história familiar de hipercolesterolemia, doença aterosclerótica prematura ou se a própria criança apresentar xantomas ou arco corneano, além de fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes e obesidade ou doença aterosclerótica”, recomenda a cardiologista.
Uma questão importante da HF é que ela não está diretamente ligada à obesidade, ou seja, crianças e adultos com a doença não têm maior incidência ou pré-disposição para a obesidade. Entretanto, Naiara Galvão explica que as complicações da obesidade estão também relacionadas às complicações da hipercolesterolemia familiar. Por conta disso, a recomendação é de uma alimentação com consumo adequado de colesterol, ácidos graxos e fibras, além de hábitos de vida saudáveis.
“A alimentação adequada e hábitos saudáveis ajuda na prevenção da doença cardiovascular e controle de outras doenças concomitantes como o diabetes e a hipertensão arterial, cujas complicações também tem impacto na morbimortalidade cardiovascular. Já o tratamento farmacológico deve ser iniciado mais cedo e mantido em longo prazo para reduzir consistentemente a incidência de eventos cardiovasculares e mortalidade, levando-se em consideração os níveis de colesterol LDL e a presença de fatores de risco associados”, finaliza.
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