O ex-jogador do Esporte Clube Vitória, Leandro Domingues, faleceu na última quarta-feira (2), aos 41 anos, por complicações no tratamento do câncer de testículo, que fazia desde 2022.
O urologista Nilo Jorge Leão, coordenador e fundador do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR), explica sobre a necessidade de um diagnóstico precoce. “Casos como esse mostram o quanto o diagnóstico precoce pode fazer a diferença no desfecho da doença”, disse.
Em estágios iniciais, o tratamento pode ser feito através da remoção do órgão afetado. Em quadros mais graves, é necessário a combinação de quimioterapia, radioterapia ou até transplantes, como o de medula óssea. Em ascensão, o método de cirurgia robótica promove melhores resultados.
“A cirurgia robótica proporciona maior precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida. Em casos como as linfadenectomias retroperitoneais [remoção de linfonodos], por exemplo, ela é especialmente vantajosa”, explica o médico, que também lidera o Núcleo de Uro-Oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 1.700 novos casos do quadro oncológico em 2025. “O câncer de testículo costuma evoluir de forma silenciosa e, muitas vezes, só é diagnosticado em fases mais avançadas. Sinais como aumento do volume testicular ou dor local devem ser sempre investigados”, reitera o especialista, que ainda sinaliza sobre a necessidade de consultas frequentes com o urologista.